Diário Atual

A Santa Casa da Misericórdia de Chaves recebeu a visita da “fotógrafa dos idosos”. É assim que a responsável pelo projeto “Fotografia Sénior”, Sandra Ventura, gosta de ser tratada. Uma atividade diferente que envolveu os familiares e à qual os colaboradores da instituição não ficaram indiferentes.

??????????????????????Maquilhagem, cabeleireiro, luzes, adereços e muitos flashes tomaram conta da instituição durante três dias com o objectivo de proporcionar a utentes e famílias uma sessão fotográfica.
A ideia é “promover a auto estima dos residentes que são previamente preparados a nível da imagem e acima de tudo fazer com que se sintam bem”, referiu Sandra Ventura que se dedica a tirar fotografias em lares de terceira idade, acrescentando, “os elogios que vão recebendo, o entusiasmo dos colaboradores, tudo isso é uma mais-valia, muitos deles nunca se maquilharam e isto é um mimo, é o momento deles”.
“Tem sido uma bênção todos os dias porque são de fato rostos que merecem ser fotografados e são lindos fotografados, as fotografias a preto e branco por exemplo ganham uma vida, ganham expressão por causa das rugas justamente que eles têm, têm uma pele fantástica, um olhar muitas vezes vazio mas está lá, é aquilo que é, isso tem de ser retratado e é isso que eu faço”, explicou depois de mais uma sessão fotográfica no Lar Padre Justino Magalhães, em Casas dos Montes.

“Porque não fotografar esta etapa da vida”

Acompanhados pelos animadores socioculturais da instituição, familiares e colaboradores juntaram-se à iniciativa para ficarem com uma recordação da experiência “bem diferente e divertida”, como contou Ramiro David que “há mais de 15 anos” não tirava uma fotografia com a esposa, assegura o marido de Maria Morais Evangelista que aos 80 anos se sentiu “como uma princesa”, disse a utente do Lar Nossa Senhora da Conceição.
Mário Fernando quis acompanhar a mãe, Idalina Pereira com 88 anos, nesta nova experiência, “tirar fotografias nesta idade é sempre bonito”, disse depois de ter posado para a objetiva.
“Um dia eles vão e ficam as fotografias, uma recordação daquilo que foi mais uma etapa, e porque não fotografar também esta etapa da vida, perpetua-se uma imagem de um momento feliz”, revela a fotógrafa que começou há cerca de 15 anos em casamentos, baptizados e escolas.
“Sou muito feliz a fazer isto”, concluiu. Felicidade traduzida, igualmente, nos rostos dos fotografados ao verem o resultado final.

Sandra Gonçalves

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