Diário Atual
Ana Dias

Ana Dias

Espero que esteja tudo bem convosco.

Esta semana quero dar-vos a conhecer um escritor português, do qual se falou muito há uma semana atrás, chama-se João Tordo.

Nasceu em Lisboa a 28 de Agosto de 1975. Formou-se em Filosofia e estudou Jornalismo e Escrita Criativa em Londres e Nova Iorque. Foi vencedor do Prémio José Saramago 2009 com o romance “As Três Vidas” e do prémio Jovens Criadores em 2001. Publicou seis romances: “O Livro dos Homens Sem Luz” (2004), “Hotel Memória” (2007), “As Três Vidas” (2009), “O Bom Inverno” (2010), “Anatomia dos Mártires” (2011) e “O Ano Sabático” (2013).

Foi finalista dos prémios Portugal Telecom, prémio Fernando Namora, Melhor Livro de Ficção Narrativa da SPA e do Prémio Literário Europeu.

Os seus livros estão publicados em vários países, incluindo França, Itália e Brasil.

Como guionista, participou em várias séries de televisão, incluindo O Segredo de Miguel Zuzarte “(RTP)”, “4” “(RTP)” e “Liberdade XXI” (RTP). Trabalha, ainda, como cronista e formador em Workshops de ficção dedicados à Escrita Criativa e ao Romance.

Para aqueles que não sabem, João Tordo é filho do conhecido músico Fernando Tordo, que emigrou para o Brasil na semana passada, aos 65 anos. O filho João, tem um blogue na internet: http://joaotordo.blogs.sapo.pt, uma espécie de portfólio de escrita, onde ele escreve diariamente. Na semana passada, ele publicou um texto intitulado “Carta ao pai”, um texto sentido, forte e triste, que fala sobre a partida do pai e a dor sentida pelo filho. A saudade, aquele termo tão português. João fala do pai, dos motivos que o levaram a emigrar, fala da crise que Portugal atravessa e o que leva as pessoas a abandonarem o país onde nasceram. Dói saber que, ontem, o meu pai se foi embora.

Esta carta de João ao pai tocou muita gente e foi partilhada insistentemente no Facebook e também pelos media, que fizeram dela notícia. A TVI foi ter com o João à Póvoa de Varzim onde ele se encontrava a participar num evento de escrita para o entrevistar.

Não conhecia João Tordo, mas a carta comoveu-me imenso assim como a carta que o Fernando Tordo publicou no seu Facebook em resposta à carta do filho. Não entristeças João. Temos dado o melhor de nós e isso não admite gentinha; só aceita dignidade e respeito por vidas que se dedicaram e dedicam não porque têm talento, mas sim porque têm aquele mistério revelado de poderem escrever uma carta como a tua. Beijo do teu pai. Fernando.

Até para a semana!

 

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