Diário Atual

Taça e campeonato já arrecadados, ainda sem derrotas oficiais e com um lugar garantido nos nacionais na próxima temporada. Juvenis do emblema transmontano querem ficar na história.

Plantel Juvenis GD Chaves 2017/18
Josimar, Tomás, Pedro e Diogo; Filipe, Maneta, Passas, Pinheiro, Meireles, Marcelo, Diogo Rodrigues, Luís Mesquita e Nuno Alves; David, João Silva, Zé, Gabriel, Mário, Vasco, Gabi, Rui Alves, Joel, João Nuno e Vasco; Lage, Bruno Silva, Hugo, Duda e Alaan Costa
T: Calina T. adj: Dany T. gredes: Chico Oliveira Enfermeiro: Francisco
Diretor: Gil Portugal Observação: Joana Silva Técnico equipamentos: Aníbal Campo Grande

Ainda sem qualquer derrota, ou sequer um ponto cedido, os juvenis do Desportivo de Chaves passeiam classe no distrital. Após a conquista da Taça Distrital, os flavienses também já fizeram a festa ao assegurarem o campeonato, mas até final querem manter a invencibilidade na prova.
Os números na prova não deixam qualquer margem para dúvidas. Ainda com dois jogos pela frente, são 24 vitórias em 24 partidas, 178 golos marcados e apenas seis sofridos, o que já permitiram a festa de campeão aos flavienses.
Há uma palavra em comum que une os discursos dos treinadores, aos dos jogadores: família. Para o capitão de equipa dos juvenis do GD Chaves, Zezinho, todos juntos formam “uma família muito unida”.
Para o médio, o título tem um sabor especial, depois de ‘toda a vida’ no clube ao longo da sua formação, pois é o primeiro campeonato conquistado ao serviço do Chaves.
“É muito especial para mim. Temos uma equipa muito forte, muito unida e isso nota-se no balneário e dentro de campo”, destaca o capitão dos flavienses, que tem o objetivo de chegar a jogador profissional do clube.
Também a festejar pela primeira vez um campeonato depois de muitos anos no clube, o lateral esquerdo Diogo Rodrigues, não encontra palavras para descrever o êxito de toda a equipa.
“São já sete anos no Chaves e finalmente o primeiro campeonato. É uma sensação muito bonita”, atira, destacando o mérito de toda a equipa, mas não só: “desde o sr. Aníbal, passando pelo mister e os jogadores, todos somos uma família e só um grande grupo podia fazer o que estamos a fazer”.

“Sempre quis representar o GD Chaves”

Formado no SC Mirandela até à temporada passada, o médio Mário não recusou o convite para representar os juvenis do GD Chaves, confessando que esta sempre foi a sua vontade.
“Mesmo em divisões secundárias sempre acompanhei o clube, e vi muitos jogadores da minha terra saírem para o Chaves. Quando tive o convite aceitei de imediato. Claro que nos primeiros tempos, longe de casa, não foi fácil, tive de abdicar de algumas coisas, mas estou muito satisfeito”, confessou.
Numa época de sucesso, que o levou já aos juniores e à 1ª Divisão Nacional da categoria, Mário quer seguir a sua carreira nos flavienses.
Também Vasco está a crescer no GD Chaves. Depois de ter feito formação na AD Flaviense, o jogador de Oura, Vidago, mudou-se para o GD Chaves, e na temporada passada jogou na equipa B, saltando para a principal de juvenis esta época.
“Estou muito feliz e orgulhoso em estar neste clube. Quero continuar a crescer e chegar o mais longe possível”, confessou o médio, que elogiando a garra e união da sua equipa, garante que o principal objetivo é “acabar a época sem derrotas”. “Estamos a caminho de atingirmos todos os objetivos propostos”, destacou.

5 perguntas a Calina, treinador do GD Chaves

“O melhor de tudo é a valorização destes miúdos”

A Voz de Chaves: Conquistada a taça e campeonato, era este o objetivo desde início de época?
Calina: Era, desde o início estava estruturado pelo coordenador da formação e presidente, por isso é que havia equipa A e B. O principal objetivo era vencer o campeonato, e depois juntou-se o objetivo da taça. Numa semana conseguimos os dois objetivos, e a duas jornadas do final é gratificante e brilhante consegui-lo. Vamos fazer dez meses de trabalho, este grupo começou e vai terminar junto, foram chegando ainda miúdos do processo de sub-15 e sub-16. Saiu a ganhar a formação, porque de facto foi uma época fantástica, com muita qualidade, num campeonato longo que só tinha 8 e 80, mas fomos competentes sempre. Quem ganha três vezes ao concorrente direto, o Régua, e com clareza, quer para o campeonato quer para a taça, fica mais do que justificada a nossa vitória final. Mas o melhor de tudo é a valorização destes miúdos. Alguns já têm seis, sete ou oito anos de casa, e nunca tinham ganho nada, e outros com menos anos de casa e que têm de perceber a grandeza do clube, que está em crescimento mas que tem de se olhar de uma maneira diferente.

Estão perto de terminar a época sem qualquer derrota ou empate…
É o objetivo que falta, tentar acabar os dois jogos que faltam só com vitórias. Penso que será de registo mesmo a nível nacional, sendo uma equipa de formação num campeonato distrital, mas pouca gente o terá conseguido fazer e é brilhante. Quer no campeonato e na taça só temos vitórias e queremos continuar assim e deixar esta marca final.

Esta equipa junta jogadores de vários pontos da região…
É verdade. Não fomos a vários sítios, mas fomos a Mirandela, onde tínhamos três miúdos referenciados, e a Bragança, para preencher uma das lacunas que existiam no departamento, os guarda-redes. Fomos criando, fortalecendo e este grupo é dividido em 50% de jogadores de primeiro ano, e 50% de segundo. Podia enumerar individualmente os jogadores, mas atualmente tem que se olhar para este grupo de maneira diferente, e eles têm de perceber que têm de estar de uma maneira diferente. Só com trabalho e convicção é que se consegue chegar aos objetivos.

Este é um grupo com capacidade para outros patamares?
Este ano o trabalho da equipa técnica passou por fazer com que os miúdos acreditassem neles mesmos e de os fazer perceber que só ter qualidade não chega. É preciso saberem que é preciso treinar, que é preciso serem profissionais a 200%, que é preciso abdicarem de muitas coisas na vida deles para ter sucesso e nada melhor que chegar ao fim e conquistar títulos a jogar bem. Eles têm que perceber que este percurso é longo e difícil, mas se continuarem assim grande parte deles pode ter sucesso dentro deste clube.

Foi uma boa aposta treinar na formação do GD Chaves?
Claro que sim. Tenho praticamente um ano de casa, depois de ter chegado numa circunstância difícil na temporada passada, para tentar manter os sub-17 no nacional, já na fase de manutenção. Deram-me a oportunidade de poder iniciar o trabalho no mesmo grupo, de escolher as pessoas para trabalharem comigo, como o mister Dany, o Francisco, para trabalhar os guarda-redes, o enfermeiro Francisco, tive o privilégio de poder contar com Gil Portugal como team-manager, e foram esses que fizeram de mim mais forte e foram muito importantes neste processo. Deixo também um agradecimento especial ao presidente do clube, Bruno Carvalho, e ao Sr. Francisco Carvalho, a figura máxima do clube, por me terem dado esta oportunidade. Este trabalho difícil só foi possível com o apoio da minha família, a minha esposa e filhos, pois muitas vezes estive ausente, e os amigos. Uma palavra de apreço ao coordenador Carlos Felisberto, porque esteve sempre muito próximo de nós e tem sido fantástico. Dediquei-me, como sempre, a 200%, a dar o meu melhor dentro das minhas capacidades e esta é uma vitória deles, da minha equipa técnica e dos meus jogadores principalmente.

Diogo Caldas

loading...
Share.

Deixe Comentário