Diário Atual

Ana Dias

Ana Dias

Esta semana trago-vos mais uma sugestão de leitura, encontro-me neste momento a reler o livro “Cemitério de Pianos” do José Luís Peixoto; a primeira leitura foi feita algures em 2009 e foi o único livro do JLP que não gostei. Andei cerca de seis meses a lê-lo, não tive maturidade para o perceber e não gostei do livro; por isso, esta releitura do livro está a deixar-me bastante encantada, o livro é muitíssimo bom aliado às belíssimas descrições que o autor vai fazendo ao longo de todo o livro.
Esmiuçando mais um pouco sobre o livro; a personagem central deste romance é o nosso maratonista já falecido Francisco Lázaro – que faleceu em 1912 em plena maratona dos Jogos Olímpicos de Estocolmo, na Suécia –, o livro não é muito fácil de ler mas segue-se bem a história se for lido pausadamente.
Divide-se em duas histórias distintas, a história do Francisco Lázaro e a história do seu pai com o mesmo nome, o primeiro capítulo do livro conta-nos a história de Francisco Lázaro (pai) em vários momentos da sua vida: primeiro o presente: em que Francisco Lázaro (pai) já está doente (um aspecto curioso é que Francisco Lázaro (pai) nasceu no dia em que o seu pai faleceu e vai falecer no dia em que o filho Francisco nasce, o mesmo virá a acontecer com o Francisco Lázaro que morre no dia do nascimento do filho), depois viajamos até à sua infância onde ele fala sobre o tio (que não tinha um olho) e sobre a oficina de carpintaria onde trabalhou uma boa parte da sua vida e sobre o cemitério de pianos – uma espécie de arrecadação onde se encontravam todo o tipo de pianos velhos usados no arranjo de outros pianos.
Um dia recebem a visita de um italiano que lhes entrega um piano para arranjar, e é na pensão onde o italiano se encontra alojado que Francisco vai conhecer a sua mulher; uma jovem bonita e encantadora por quem se apaixona e de quem tem 4 filhos.
Por fim também podemos conhecer a vida de adulto de Francisco Lázaro (pai), onde ele batia na mulher.
Neste momento estou a começar a ler a história do Francisco Lázaro (filho); a título de curiosidade o Francisco Lázaro faleceu vítima de desidratação extrema por se untar com sebo, por ter corrido sem usar chapéu na cabeça e por tomar Estricnina, um substância dopante que aumenta a capacidade muscular.
Até para a semana e boas leituras!

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