Diário Atual

Realizou-se no salão nobre da Câmara Municipal de Montalegre, uma sessão de esclarecimento, promovida pela autarquia, que explicou as várias caraterísticas do projeto “Comércio Investe”(projeto individual de modernização comercial). Esta iniciativa é dirigida a empresas cuja atividade principal é o denominado comércio a retalho, com CAE inserida na divisão 47. As candidaturas estão abertas até 25 de Novembro.

MONTALEGRE - Explicações do projeto Comércio Investe (8)A sessão de esclarecimento que contou com a presença de representantes da ACISAT – Associação Comercial e Industrial do Alto Tâmega foi dirigida a uma plateia de vários empresários cuja actividade profissional principal é o comércio a retalho. O projeto “Comércio Investe” é uma iniciativa do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação (IAPMEI), Governo de Portugal e do Ministério da Economia. Este apoio nasceu da portaria n.º 236/2013 de 24 de Julho, onde aprovou a criação da Medida “Comércio Investe” a qual veio substituir o anterior Programa de Apoio à Modernização do Comércio – MODCOM.

“Não é o Euromilhões”

Atento à palestra, David Teixeira, recentemente eleito vice-presidente do município de Montalegre, começou por dizer que “o «Comércio Investe» está direcionado para empresas que já estão no mercado e que têm que se convencer que trabalhando em conjunto, em equipa, no mínimo de 10 projetos, têm aqui uma boa ferramenta”. Para o autarca “só como projeto individual é uma oportunidade de modernização, não é o euromilhões”. David Teixeira sublinhou ainda que “vale a pena trazermos estas apresentações e colocarmos os nossos empresários em contacto com alguns projetos de apoio e incentivo. É a nossa missão facilitar a vida e a melhoria do nosso comércio, mas depende muito da decisão interior de cada um dos nossos empresários. Muitas vezes falta a ambição de querer ser melhor, querer ser mais e investir algum dinheiro de forma a cativar novos mercados e novos públicos”. Em suma, “é uma oportunidade de fazer pequenos investimentos de modernização e melhoria do serviço”, conclui o vice-presidente.

Ana Coelho, secretária geral da ACISAT, explicou que estamos perante um projeto “orientado para a modernização e dinamização do comércio” sendo “destinado única e exclusivamente para as empresas de comércio a retalho (CAE 47) ”. O programa “Comércio Investe”, adiantou a técnica, apresenta como objetivo central “que as micro e pequenas empresas possam aproveitar um apoio a 40% a fundo perdido para modernizar a sua atividade”. Nesse sentido “todo o investimento que é elegível está muito centrado na área de comercialização, na melhoria das montras, a aquisição de equipamento de comercialização, decoração e um pouco de obras”. Ana Coelha lembra que é prioritário que todos os projetos “tenham algum grau de inovação, sejam diferenciadores e que melhorem um pouco os processos de comercialização das empresas, ou através da introdução de novas tecnologias e da presença de internet, para que o projeto tenha mais probabilidades de ser aprovado”.

O director de serviços financeiros da ACISAT, Alexandre Silva, mostrou-se satisfeito com o número de pessoas que esteve presente na sessão de esclarecimento. “Pelo número de pessoas que aqui esteve, foi uma sessão bastante concorrida, sobretudo gente mais jovem que é o que interessa porque o comércio tem que ser renovado. Com a crise que estamos a atravessar muitos jovens estão a ver no comércio uma oportunidade para poderem estar no mercado e terem um rendimento para sobreviver. Da experiência que temos tido nos últimos anos, em termos de programas de incentivo, este é um dos mais atrativos, pelo facto de dar aos empresários uma taxa de incentivo não reembolsável de 40%. Praticamente todos os programas de incentivo que existem só apoiam os investimentos através dos incentivos reembolsáveis, os empréstimos. Quem tem necessidade de remodelar o seu estabelecimento comercial, introduzir novas formas de modernização e comercialização, tem uma oportunidade única de poder fazer um investimento e ter algum apoio do Estado”, concluiu o director financeiro.

Condições de elegibilidade do programa “Comércio Investe” – (Entidade Beneficiária)

– Estar legalmente constituída e ter dado início de atividade;

– Possuir os recursos humanos e físicos necessários ao projeto;

– Ausência de dívidas ao Estado e Segurança Social;

– Possuir contabilidade atualizada e organizada;

– Apresentar uma autonomia financeira ≥ 15%;

– Cumprir os critérios de micro e pequena empresa;

– Comprometer -se na data da candidatura a ter concluído, à data de início do investimento, os projetos de natureza idêntica, para o mesmo estabelecimento, apoiados anteriormente no âmbito do Fundo de Modernização do Comércio ou dos sistemas de incentivos do QREN.

Condições e elegibilidade do projecto

– Financiado em pelo menos 20% por capitais próprios;

– Prazo de realização de 12 meses;

– Investimento mínimo – 15.000€;

– Não incluir despesas anteriores à data da candidatura;

– Aprovação dos projetos de arquitetura, quando necessários;

– Os estabelecimentos a apoiar não podem localizar-se em centros comerciais ou conjuntos comerciais, exceto se possuírem acesso direto ao público pelo exterior do mesmo;

– Objeto um único estabelecimento com área de venda ao público.

Incentivos

– Incentivo não reembolsável;

– 40% das despesas elegíveis;

– Limite máximo do incentivo 35.000€;

– Limites máximos por rubrica: Assistência técnica especifica – 1.500€; Obras na fachada e interior, toldos e reclames – 10.000€; Estudos, diagnósticos, projetos de arquitetura, engenharia, design, vitrinismo e processo de candidatura – 1.500€ e TOC/ROC – 500€.

Para mais informações poderá contactar o Gabinete de Apoio ao Empresário da ACISAT através do número de telefone 276 332 115 ou através do endereço de e-mail [email protected].

Redacção

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