Diário Atual

Logo Núcleo Chaves AINos primeiros anos deste século, a Natureza tem-se vindo a degradar irreversivelmente. Parece-nos excelente o tema que pretendemos abordar, num mundo em acelerado crescimento populacional, e onde se torna prioritário proteger este planeta Terra e o Ambiente, no qual e do qual o Homem vive. O nosso conhecimento mais elementar revela a necessidade de travar o consumo dos recursos naturais, para alguns deles numa prioridade urgente e drástica. Como principal objetivo é desenvolver uma maior consciência da Natureza e aprofundar os conhecimentos sobre o mundo que nos rodeia.
O Homem teve origem no Ambiente, após milhões de anos de evolução a partir da primeira partícula considerada com vida. Porém, destacamos um conjunto de factores externos que sobre ele actua (radiação solar, ar, água, coberto vegetal, fauna, solo, mar, paisagem, espaço, mas também outros de origem social, temporal e informativa). Mais tarde, as necessidades específicas e anseios do Homem na sua luta por uma vida melhor, passou a desempenhar papel decisivo na modelação do ambiente, estabelecendo formações ou comunidades diversificadas, a que se chama Ecossistema.
É de certo modo ilusório falar em “equilíbrio da Natureza”, que sugere uma estabilidade que de facto não existe, pois a natureza é dinâmica.
A intervenção do Homem nos sistemas ecológicos naturais, para que produzam grandes quantidades do que mais lhe interessa para consumo, pode ser detetada em inúmeras atividades.
A pesca que interfere numa grande área do mar, com tendência em explorar com descuido, sem ser definido as zonas de protecção, a não ser em casos restritos. Nos rios, caso especial do nosso país de clima mediterrâneo, a maior parte de regime torrencial, onde se acumulam e depositam poluentes, originários de colectores de esgotos.
Nas minas onde se explora os minerais até à exaustão, provoca a poluição do meio e a degradação da paisagem, como exemplo os furos de petróleo, saibreiras, etc.
A indústria que apresenta intervenções mais profundas e agressivas nos sistemas ecológicos naturais.
O comércio e os transportes que estão ligados à energia concentrada e à embalagem, são fontes poluentes que consomem a energia fóssil ou eléctrica, que contaminam e poluem o ar.
A utilização dos espaços com aglomerados urbanos, obrigou muitas vezes a intervenções profundas na paisagem, constituindo verdadeiras agressões ao ambiente.
Com a sedentarização do homem, a apropriação do solo e a domesticação dos animais e plantas, contribuíram para o desenvolvimento da agricultura moderna até aos nossos dias, exercida intensivamente com o emprego de máquinas, granjeios, adubos, pesticidas, herbicidas, descontrole da água para a rega, plantas melhoradas, monocultura e pecuária intensiva, fatores que têm influenciado a destruição do equilíbrio ambiental e o desaparecimento dos agricultores.
Na exploração da floresta e cinegética, podemos incluir algumas facetas no âmbito económico, ecológico, cultural e social.
Que solução? Não está no nosso horizonte apresentar remédios para os males que pairam por cima das nossas cabeças, essencialmente sobre este planeta que habitamos, mas sim consciencializar do direito que o homem tem na sobrevivência da Terra. Fazer uma verdadeira planificação a longo prazo, numa perspectiva de criar estratégias em benefício de todos e não só em relação a alguns privilegiados. Em suma uma maior justiça social. “Se é o homem o animal que mais contamina, também é o que possui uma tecnologia mais avançada para limpar o que polui”.
Na luta contra a eutrofização, diagnosticar o grau de poluição e detectar o foco de poluição, embora as origens possam ser várias, dever-se-ia implementar o “poluidor/pagador” para a indeminização dos danos ecológicos provocados.
Assim, estamos certos que qualquer planificação de desenvolvimento para determinada área, deve atender à otimização de custos/benefícios.

Núcleo de Chaves da Amnistia Internacional

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