Diário Atual

OpiniaoEste fim-de-semana foi pródigo no que concerne a encontros com pessoas ligadas à cultura… No sábado, conheci pessoalmente um dos pintores flavienses que mais admiro: Paulo Fontinha. Fui até à Galeria de Carneiro Rodrigues para estar com uma amiga e ele estava lá. Como é hábito, adoro uma boa conversa. E como Paulo Fontinha e Dulce Claro estavam à conversa, não resisti e meti a minha colherada. É interessante verificar que quase todos os que estamos de uma forma ou de outra ligados à cultura, convergimos em alguns aspectos que considero pertinentes. Passo a explicar: não lhe parece estranho que havendo tantos pintores de qualidade nesta cidade os mesmos estejam de costas voltadas uns para os outros? Já reparou que sempre que há a inauguração de uma exposição os pintores não se solidarizam com o «colega da arte» e positivamente o ignoram?! O leitor acredita que apesar da exposição da Galeria Carneiro Rodrigues ter estado cerca de quatro semanas foram raros os pintores e artistas que a visitaram? Bem sei que a crise é brava, por isso já não peço que apareçam para comprar… mas pelo menos para ver! Que raio! Mesmo os flavienses que passam à porta da galeria e reparam nas portas abertas… não terão curiosidade em ver o que se passa lá dentro?! Estas e outras reflexões surpreendentes nos assolaram nessa tarde amena de sábado.
A propósito, no dia 9 de Maio, pelas 18.30 horas vai inaugurar nova exposição de pintura. O tema é Fragmentos/Poesia. Apareça. Vai ser um evento diferente e interessante. Não se acanhe. Afinal ainda não se paga para ver arte… Se o governo se apercebe vai ser arriscado daqui a algum tempo. Aproveite agora que ainda é gratuito…
Neste mesmo sábado, o T.E.F. exibiu um filme de autor Pecado Fatal de um realizador albicastrense, Luís Diogo, galardoado por um festival do Canadá este ano. O filme conta a história de uma jovem que vem à procura da sua origem e de quem são os seus pais e se envolve numa relação sexual que traz consequências. A realização é bastante interessante e sobretudo tem o privilégio de ser próxima do nosso quotidiano. É um filme descomprometido, uma história muito bem contada. E sobretudo com um desempenho fantástico de quase todas as personagens. Por outro lado, a banda sonora é fabulosa e criada por um dos melhores DJ’s da nossa praça: DJ Wild. Mas para saber mais sobre o assunto, leia a entrevista que o Jornal de Chaves fez. Vale a pena. Caro leitor, por hoje basta. Para semana trago-lhe mais novidades… tenha uma semana especial e não se esqueça saia, vá a exposições, ao cinema, ao teatro… que sei eu!?

 

Manuela Rainho

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