Diário Atual

Na última reunião do executivo municipal foi aprovado o regulamento municipal sobre silvicultura preventiva de áreas públicas e privadas. Uma decisão que incentiva o investimento na terra. Para o vice-presidente da Câmara de Montalegre, chegou a hora de inverter o estado de abandono das terras e procurar outras fontes de rendimento. David Teixeira desafia os agricultores a assinarem com a autarquia um protocolo a 10 anos para que as gerações do futuro possam ter uma alternativa válida e decidam escolher o concelho para viver.

Floresta no concelho de MontalegreÉ com coragem de voltar à terra que a Câmara Municipal de Montalegre aprovou, por estes dias, em reunião do executivo municipal, o regulamento municipal sobre silvicultura preventiva de áreas públicas e privadas. Com esta “luz verde”, a autarquia quer desenvolver «o património florestal no concelho pelo apoio que pode vir a proporcionar aos produtores que pretendam investir nesta área e pelo caminho que aponta na gestão do território e na valorização deste recurso endógeno». Entende o executivo que «os apoios agora propostos podem e devem servir de âncora a projetos que visem o ordenamento da área florestal e promovam o fomento do valor natural inerente ao nosso território». A Câmara de Montalegre acredita que é possível «inverter a tendência de diminuição da área florestal com a beneficiação dos povoamentos existentes e arborização de algumas áreas com potencial evitando, com uma atitude proactiva, que os incêndios florestais tenham um impacto tão profundo quanto têm tido».

O atual vice-presidente do município lamenta o estado preocupante a que chegou o território florestal: «até hoje os montes têm vindo a perder o seu uso e sobretudo os barrosões têm perdido formas de rentabilizar este nosso território». David Teixeira continua: «sabemos que a parte agrícola está definida mas não lhe damos utilidade. Temos que saber usar o nosso monte para que no verão o flagelo dos incêndios não continue a ser uma praga. É possível conciliar o uso do nosso baldio, das nossas terras, para que os nossos projetos florestais sejam financiados pelos fundos comunitários».

David Teixeira esclarece o caminho que tem sido traçado pelo executivo nesta matéria: «o que esta autarquia tem vindo a desenvolver, com as associações locais, é um plano de utilização de baldios e um plano de gestão desses mesmos baldios para que seja possível conviver pastorícia e reflorestação». Um “casamento” que tem tudo para dar certo, garante o autarca: «esta proposta que foi aprovada em reunião de Câmara visa uma coisa muito simples, isto é, vamos apoiar a reflorestação do nosso concelho e vamos começar por fazer este trabalho com os privados. Vamos fazer com que terrenos que já foram cultivados e que hoje estão de pousio, não sejam mais alimento de incêndios e se transformem em investimento para as novas gerações. Não fazemos questão que a plantação das árvores autóctones seja para fruto ou para produção de madeira. O que fazemos questão é que haja empenho dos nossos agricultores e que assinem connosco um protocolo de pelo menos 10 anos de preocupação pela manutenção deste território».

Redacção / CM Montalegre

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