Diário Atual

Comemorou-se esta quarta-feira, 9 de Abril, o 96º Aniversário da Batalha de La Lys que se deu entre 9 e 29 de Abril de 1918 na região de Flandres, Bélgica, considerada a mais sangrenta de toda a Primeira Guerra Mundial e, Portugal, como interveniente neste conflito, não ficou isento de perdas humanas, pelo contrário, fala-se de alguns milhares de portugueses que perderam a sua vida em combate.

Aniv-La-Lys-(6)Por mais um ano consecutivo o Núcleo de Chaves da Liga dos Combatentes não quis deixar de recordar a Batalha que marcou a participação de Portugal na 1ª Guerra Mundial e que constitui uma das maiores catástrofes militares portuguesas. Assim, decorreu pela manhã uma cerimónia militar junto ao Monumento de Homenagem aos Mortos da Grande Guerra, no Largo do Monumento, com a deposição de uma coroa de flores, e que contou com a participação de uma força militar do RI 19 mas também de várias autoridades civis e militares, entre elas o Tenente-Coronel António Mascarenhas, o Comandante do Destacamento da GNR de Chaves, Capitão Joni Ferreira, o Presidente da Associação de Deficientes das Forças Armadas, Henrique Ferreira, o presidente e vice-presidente da Câmara Municipal de Chaves, António Cabeleira e Carlos Penas, respectivamente, o Presidente da Assembleia Municipal de Chaves, João Batista e o ex-comandante do RI19, Coronel António Camilo Almendra.

Após a cerimónia de homenagem no Talhão do Núcleo de Chaves, situado no Cemitério Municipal, os convidados reuniram-se nas instalações do Teatro Experimental Flaviense para um pequeno convívio seguido do já tradicional grito da Liga dos Combatentes.

António Cabeleira, presidente da Câmara de Chaves foi uma das caras que marcaram presença neste dia que pretende recordar e homenagear, “o exemplo do que foram esses militares, mas igualmente agradecer à atual instituição militar e lembrar aos familiares que hoje ainda são vivos que todos nos orgulhamos desses militares que morreram para fazer de Portugal e da Europa o que hoje é”.

O presidente do Núcleo de Chaves da Liga dos Combatentes, João Neves, aquando da sua breve locução não quis deixar de proferir palavras de agradecimento ao município flaviense pela ajuda que tem proporcionado ao Núcleo de Chaves ao longo de 90 anos, ao Regimento de Infantaria Nº19 mas também aos sócios que compõem o Núcleo.

Aniv-La-Lys-(9)Monumento de Homenagem aos mortos da Grande Guerra

Após o fim da Primeira Guerra Mundial, a cidade de Chaves não hesitou em homenagear aqueles que morreram a servir a Pátria. Em 1919, por proposta do presidente da Câmara de Chaves, o General Augusto César Ribeiro de Carvalho, foi aprovado em Assembleia, dar o nome ao actual Largo do Monumento aos Combatentes da Grande Guerra – Praça da Grande Guerra, local onde foi erigido mais tarde o monumento aos flavienses mortos na Guerra, assim como o nome da Avenida dos Aliados à rua que liga o Terreiro da Cavalaria ao Largo do Monumento aos Combatentes da Grande Guerra. Em 1922 foi inaugurado o Monumento em simultâneo com a estação de caminhos-de-ferro por ocasião das festas da cidade.

O financiamento da sua construção foi obtido por subscrição pública e, conta-se, que resultou da diligência de “um punhado” de combatentes que no acto da construção do monumento deixaram no seu interior um papel dentro de uma garrafa onde ficaram inscritos os seus nomes.

 

Andreia Gonçalves

 

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