As nanotecnologias que começam a ser aplicadas a nível geral, e muito particularmente na área da Saúde Publica são o tema central deste artigo de opinião, resultante de algum conhecimento ( pouco ) e muita pesquisa feita em revistas de engenharia e gestão da saúde.
Para quem gosta de números mas também pretende satisfazer a sua curiosidade, a dimensão das nanopartículas situa-se entre 1 e 100 nm (1×10-9 metros ).
Na verdade, são inúmeras as aplicações das propriedades inerentes às nanopartículas, sendo particularmente importante o vasto campo de aplicação às distintas áreas de:
· saúde pública;
· à energia;
· à defesa,
· às áreas das comunicações,
· sistemas de purificação de água,
· poluição ambiental, etc, etc., um vastíssimo campo de investigação científica a explorar.
Para apoio às universidades e empresas foi construído o Laboratório Ibérico, sediado no Norte de Portugal.
O Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL) é um centro de investigação edificado em Braga, Portugal. Este laboratório tem um investimento anual de 30 milhões de euros e resulta de um Memorando de Entendimento que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Portugal e o Ministério da Educação e Ciência de Espanha assinaram em 19 de Novembro de 2005 para a criação e operação conjunta de um Instituto de Investigação e Desenvolvimento (I&D).
Este instituto situa-se junto ao Campus de Gualtar da Universidade do Minho, num terreno municipal de cinco hectares onde se encontrava o parque de diversões Bracalândia.
Esta estrutura dedica-se à investigação na área das nanotecnologias e possui várias oficinas, laboratórios, uma biblioteca e auditórios. Será também dotado em breve com um centro de ciência viva para que seja mostrado à população o trabalho que lá será desenvolvido.
Como se pretende que este projeto seja aberto à participação de privados que queiram apostar em investigações concretas para aplicação industrial, a Câmara Municipal de Braga disponibilizou-se para apoiar.
O INL dedica-se a várias aplicações das nanotecnologias, das quais se pode destacar a nanomedicina e o controle de qualidade alimentar e ambiental. Tem também equipas dedicadas a áreas necessárias para essas aplicações: nanoelectrónica e nanossistemas.
Sendo nosso propósito focar o trabalho que atualmente se desenvolve na nanomedicina é forçoso mudar de direção, começando por falar das aplicações e perspetivas futuras.
Antes porém, é importante referir que a maioria das nanopartículas atualmente em uso é constituído por metais de transição, silício, carbono (nanotubos de carbono de parede única ou múltiplas e fluorenos), bem como óxidos de metal (dióxido de zinco e dióxido de titânio).
Então, derivando para as aplicações mais adequadas à Medicina, referenciamos a sua aplicação em novos fármacos, técnicas de diagnóstico e design de novos materiais para próteses e implantes dentários.
Concretamente existe um aumento gradual do interesse nas aplicações biomédicas exteriores ao corpo humano, tais como:
· Sensores para diagnóstico;
· E técnicas de “ lab on a chip “,que são adequadas para a análise do sangue e outras amostras.
A nanotecnologia é presentemente um campo que aplica os princípios e técnicas de nanoescala na compreensão e transformação de materiais inertes e biossistemas (vivos e não vivos) para fins biomédicos, tais como:
· A síntese de fármacos;
· A compreensão do cérebro;
· A substituição de partes do corpo;
· A visualização de processos biológicos;
· A criação de ferramentas para intervenções médicas.
Porque este tema é um mundo de investigação, para quem pretender, pode ler no site do INL, o facto de estar em foco o desenvolvimento do projeto InveNNta que resulta de uma iniciativa conjunta entre o Laboratório Ibérico de Nanotecnologia (INL) e o Instituto de Investigación Sanitária de Santiago (IDIS) e vai decorrer até meados de 2015. Terá um orçamento de 2,8 milhões de euros.
Os novos dispositivos e nanoestruturas que este projeto pretende desenvolver serão essencialmente aplicados ao diagnóstico e terapia do cancro e doenças neurológicas, bem como à área da Imagiologia, através do desenvolvimento de marcadores com funcionalidades de contraste melhoradas.
A iniciativa tem como objetivo dar resposta a problemas de saúde numa lógica de cooperação no seio da Eurorregião Galiza – Norte de Portugal. Outro dos objetivos passa pela aplicação de dispositivos desenvolvidos com base em nanotecnologia, que apoiam a monitorização e acompanhamento de pacientes com doenças complexas, com um significativo impacto económico e social, de acordo com os novos modelos de saúde pública.
O projeto tem ainda como objetivo treinar investigadores e técnicos na área da nanomedicina, transformando o IDIS e o INL em pólos relevantes para a nanotecnologia aplicada à medicina, o diagnóstico e a terapia.
Segundo o que se pode ler no site do INL, toda esta preocupação pretende contribuir para a construção de uma rede de excelência em nanotecnologias na Eurorregião Galiza-Norte de Portugal, que irá funcionar como uma plataforma para futura participação em projetos europeus.
Esteja atento porque o futuro passa pelas nanotecnologias, que forçosamente vão ser um fator determinante, para melhoria da nossa qualidade de vida.