O arranque, feito ao anoitecer, foi semelhante aos anos anteriores, mas foram muitas as novidades do Aquae Flaviae Night Running, quer durante o percurso, quer na meta.
Na 4ª edição da prova noturna da cidade de Chaves, houve novidades e surpresas para todos os participantes, mesmo para quem já conhecia a prova.
Para os atletas que lutaram pelos lugares mais altos da tabela, a dureza da prova foi o principal realce, com o trajeto diferente a impor mais dureza. Mas para os caminhantes, foi a passagem por locais diferentes da cidade de Chaves que mais agradou.
Além dos monumentos e ruas mais emblemáticas, este ano a organização desafiou os participantes a passarem pelo Liceu de Chaves, o que causou boa impressão, quer aos flavienses, que revisitaram o local, quer aos ‘visitantes’, que ficaram a conhecer parte da escola.
No final, além do habitual pastel de Chaves à espera dos finalistas, um espaço para massagens e um ‘DJ’ a animar a praça estiveram também em estreia.
Mais dura mas igualmente bonita
O grande vencedor foi Pedro Magalhães, da AMA Mondim Atletismo, com 49:09 minutos, seguido de Pedro Freitas, da mesma equipa, com 51:40 e Ilídio Moreiras, da AACR, com 51:42.
Para o vencedor pelo segundo ano consecutivo, a prova de “foi mais dura, com mais escadas e muito sobe e desce”. “É bom ter o hábito de ganhar aqui. Conheci novos sítios e vou voltar cá sempre que puder”, garantiu Pedro Magalhães.
Já a participarem pela primeira vez, os restantes ocupantes do pódio ficaram satisfeitos pela prova, mas também pela paisagem.
“Para quem compete não é tão fácil desfrutar, mas gostei da paisagem, foi bem organizado e espero voltar”, atirou Pedro Freitas. Para Ilídio Moreiras, que se deslocou de Bragança, a prova é “muito bonita” e vai regressar no próximo ano.
A geral feminina foi conquistada por Susana Vilela, do São João Serra, com 55:14, seguida de Lucinda Moreiras, da AACR, com 57:24, e Rafaela Sousa, da AMA Mondim Atletismo, com 1:03:04.
Após o segundo lugar no ano de 2017, Susana Vilela venceu “uma prova diferente, mais dura, mas que gostei, pois estou em melhor forma”. A vencedora elogiou ainda o evento que “chama pessoas para a cidade através da prática desportiva”.
No segundo lugar ficou a antiga atleta internacional por Portugal, Lucinda Moreira, que ficou satisfeita por fazer um pódio em Chaves: “A idade já pesa mas é bom terminar num lugar alto”.
Quem fechou o pódio foi Rafaela Sousa, que apesar de não participar à procura dos lugares mais altos, ficou “satisfeita” pelo 3º lugar final e garantiu voltar para “procurar ficar mais acima”.
Presidente participou e elogiou capacidade de promoção turística
Entre os mais de mil participantes, o presidente da Câmara Municipal de Chaves, Nuno Vaz, também marcou presença, e embora sem procurar a vitória, elogiou a “valorização do património e recursos da cidade”.
“Esta prova tem vindo a ganhar relevância, tem sabido aliar a dimensão desportiva, histórica e de património e exemplo disso é a grande moldura humana, quer de Chaves, quer dos concelhos vizinhos, paragens mais longínquas e até da vizinha Espanha”, destacou.
Para o edil flaviense, além do carácter competitivo, a prova junta participantes apenas com vontade de “conhecer recantos da cidade, partes mais antigas, religiosas, conhecer o Liceu, um edifício histórico, o estádio municipal, o Forte São Neutel e São Francisco. É um espetáculo com muita cor, muita alegria e foi bem conseguido”.
Já a organização ficou satisfeita com o bater do recorde de participantes, mas também pela inovação implantada de ano para ano.
“Procuramos sempre introduzir alterações no evento, quer no percurso, quer no resto. Este ano a prova foi praticamente um trail urbano, com muitas escadas, e as pessoas sentem que se têm de preparar melhor para a prova”, explicou Tiago Pona da Costa.
O flaviense destacou ainda “a animação com um ‘DJ’ no final do percurso, uma clínica da cidade a realizar massagens”, e o manter da “oferta de pastéis para todos os participantes”. “Vamos procurar sempre inovar e fazer algo diferente”, garantiu.
Diogo Caldas