Diário Atual

“A última estação do império” de António Chaves foi apresentada no Dia do Município de Montalegre e conta a história de dois combatentes barrosões nos tempos da guerra colonial: o próprio autor e o escritor Barroso da Fonte.

Por ocasião do Dia do Município de Montalegre, o escritor e economista António Chaves, natural de Negrões, no concelho de Montalegre, lançou, na passada quinta-feira 9 de Junho, o livro “A Última Estação do Império”. A obra contou com a colaboração do escritor Barroso da Fonte e conta a história e amizade dos dois combatentes barrosões em tempos de guerra colonial, quando em 1964 ambos cumpriram serviço militar no Continente e foram enviados para Angola. A apresentação da obra esteve a cargo do escritor Bento da Cruz que, além de uma lição de História de Portugal, destacou a amizade que une os dois protagonistas do livro escrito num “estilo fluente e fácil de ler”.

 

“Espero que a obra seja um ponto de partida para a análise da História. (…) É apenas uma leitura da realidade”, considerou à Voz de Chaves António Chaves, Mestre em Economia Europeia pela Universidade Livre de Bruxelas. De acordo com o autor, a obra tem uma componente autobiográfica do próprio e de Barroso da Fonte e ainda um ensaio histórico da época, abordando as relações com África, a Europa e os EUA, sendo uma reflexão sobre as razões e os caminhos da guerra em que participaram. “É uma amálgama do processo histórico e económico dos últimos cinco séculos que se repercutiu no comércio triangular e no desenvolvimento da Europa”, esclareceu o economista, autor de várias obras técnicas, artigos sobre economia internacional e ensaios sobre personalidades transmontanas e nacionais. Colaborador da imprensa regional, António Carneiro Chaves foi ainda correspondente da RTP e escreveu argumentos e obras de ficção para o canal público.

 

A obra editada pela Âncora foi apresentada no salão nobre da Câmara Municipal de Montalegre, ao mesmo tempo que a homenagem e atribuição da medalha de mérito cultural em ouro a Barroso da Fonte, o filho da terra que António Chaves define como “uma força da natureza”, em virtude da sua origem serrana, e um “homem de afectos que cultiva a amizade”.

Sandra Pereira

 

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5 comentários

  1. Nuno A Pereira on

    Uma pergunta: O autor do livro não é um índividuo que esteve no pós 25 de Abril, ligado à impugnação de umas eleições democráticas que foram levadas a efeito na Casa de Trás os Montes e Alto Douro, na Rua da Mesericórdia?
    O Barroso da Fonte não precisa de gente desta a elogiá-lo.
    As voltas que o mundo dá!……

    • vasco saldanha on

      Não tenho ideia nenhuma que o Dr. António Chaves estivesse ligado à impugnação das eleições democráticas na ctmad, pelo contrário, pugnou sempre pela democraticidade na casa num tempo em que ela vivia essencialmente de posturas do passado.O Dr. António Chaves, fez parte de grupos em que debatia a casa e os problemas da região, nomeadamemte na procura de soluções para a o escoamento dos seus produtos, entre outros a batata de semente de Montalegre.
      Nunca foi importante para ele ser membro dos corpos sociais da casa para contribuir para a resolução dos problemas da região.
      Eu próprio fiz parte desse grupo de pessoas como o Dr. António Chaves que queria trazer à casa a democraticidade que até aí vinha faltando.Numa altura fui convidado por algumas pessoas entre elas o grande benemérito Comendador Francisco Barbosa, de Viade de Baixo, que sempre ajudou a casa, para fazer parte da direção em que englobava a maior parte membros do antes 25 de Abril, depois de consultar algumas pessoas que já demonstravam o descontentamento na casa por esta não estar mais aberta aos problemas da região e a um pensamento mais aberto, foi decidido eu fazer parte dessa lista no sentido de lá dentro poder contribuir de alguma forma para a tal abertura pois sempre era melhor ter lá alguém que ninguém. Mesmo assim escolhi mais 2 elementos para integrar a tal lista o que veio a acontecer,tinha-se proposto a entrada de seis mas só havia a possibilidade da integração de dois.
      A partir daí a casa começou a debater mais ideias onde, repito as do Dr. António Chaves como de outros, foram sempre ao encontro do melhor para a região e ctmad.
      O Nuno, que foi sempre um bom sócio da casa depois imigrou para os U.S.A , deve estar, penso eu a cofundir com o sócio Carneiro natural de Chaves?

      Deixo esta mensagem, o Dr. António Chaves, quer no passado quer atualmente tem sido um sócio da casa que sempre contribuiu democraticamente para o bem da ctmad, da região e do seu /nosso lindo concelho de Montalegre. É o que tenho a dizer pois sempre estive por dentro da casa até à cerca de um ano. Ni

  2. Conheci o Dr. Carneiro Chaves muito bem porque fui colega dele no Instituto Comercial do Porto e posteriormente no antigo ISCEF. Completámos o curso no mesmo ano e fomos sempre muito amigos. Depois perdi-lhe o rasto. Fiquei contente com o seu percurso como economista e tambem como escritor. Força Carneiro Chaves. Um abraço

    • Antonio Amaro on

      Gostava de contactar esse velho e bom amigo. Podem me dar o seu contacto? Ou então podem fornecer-lhe o meu mail? Obrigado.

    • Pois eu gostaria de obter informações de antigos alunos do Instituto Comercial do Porto.
      Sou docente de Matemática do agora ISCAP e preciso obter, para investigação informações da instituição e em particular da matemática financeira cálculo financeiro ou operações financeiras.
      Toda a informação é bem vinda

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