O Grupo Desportivo, Recreativo e Cultural dos Ases da Madalena em Chaves, organizou no domingo passado, 3 de Novembro, o I Torneio Amigável de Corfebol que assinalou a criação da mais recente equipa de corfebol formada na cidade flaviense.

equipas-01O torneio foi disputado entre quatro equipas, pelo Núcleo de Corfebol de Chaves, pela equipa da Universidade do Minho, do Alto do Moinho e pelo Grupo de Corfebol de Braga, que se deslocaram até à cidade transmontana para a prática desportiva da modalidade mas sobretudo para o convívio entre os atletas. No encontro estiveram também presentes o presidente da Federação Portuguesa de Corfebol, Mário Almeida, o vereador da Câmara de Chaves, Paulo Alves, o representante do Regimento de Infantaria 19, Major Alves, e o presidente do Grupo Desportivo, Recreativo e Cultural dos Ases da Madalena, Rufino Martins.

Ao longo da manhã de domingo, no pavilhão do Regimento de Infantaria 19 de Chaves foram realizados dez jogos entre as equipas que culminou com a vitória da equipa de corfebol da Universidade do Minho, arrecadando, assim, o primeiro lugar no torneio amigável. Em segundo lugar ficou a equipa do Alto do Moinho, logo seguida pelo Núcleo de Corfebol de Chaves, em terceiro lugar, e a equipa de Braga arrecadou a quarta posição.

O encontro para além de assinalar a criação da equipa do Núcleo de Corfebol de Chaves serviu ainda para divulgar a modalidade na região. O presidente da Federação Portuguesa de Corfebol, Mário Almeida, que esteve presente durante três dias na região transmontana, mostrou-se bastante satisfeito com a iniciativa levada a cabo pela equipa flaviense e aproveitou a ocasião para estabelecer contactos junto das escolas e universidades no distrito de Vila Real e Bragança. A ideia, como referiu Mário Almeida, passa por “desenvolver de uma forma mais estruturada a prática do corfebol junto da comunidade escolar criando, desta forma, condições no sentido de serem formadas equipas e atletas”, concluiu.

O corfebol é uma modalidade desportiva um pouco desconhecida pela maioria das pessoas daí que, actualmente, a equipa de Chaves esteja ainda à procura de atletas. O presidente do Núcleo de Corfebol de Chaves, Luís Pires, diz que o principal objectivo, neste momento, “é conseguirmos entrar no campeonato de corfebol profissional, mas para isso, falta arranjar atletas suficientes”. Por isso, a equipa flaviense convida todas as pessoas a participarem nos treinos que decorrem às terças-feiras, das 20h às 21h, e às quintas-feiras das 21h às 22h, no Pavilhão da Escola Dr. Francisco Gonçalves Carneiro, em Chaves.

O corfebol é uma modalidade mista praticada por duas equipas com oito atletas cada e com igual número de homens e mulheres, cuja finalidade é a introdução da bola no cesto que se encontra colocado a meio de um campo semelhante ao de futsal. Segundo Luís Pires, “esta actividade promove o fair-play entre os atletas e o espírito de entreajuda”.

Historicamente, o corfebol surgiu durante a Revolução Industrial, na Holanda, e foi criado com o objectivo de ocupar as crianças durante a ausência dos pais que trabalhavam nas fábricas. Em Portugal, só a partir da década de 80 é que a modalidade começou a dar os primeiros passos, quando um conjunto de alunos e professores da Escola Superior de Educação Física de Lisboa, actualmente conhecida por Faculdade de Motricidade Humana, decidiu instalar a prática do corfebol como modalidade desportiva “obrigatória” na universidade. Depois disso, o corfebol foi sendo implementado nas escolas desses alunos/professores para onde íam leccionar

A Federação Portuguesa de Corfebol existe há 35 anos e no país há sete equipas a competir na primeira liga nacional. No total, a Federação Portuguesa de Corfebol é constituída por 1000 atletas profissionais distribuídos pela primeira e pela segunda divisão, sendo também disputada uma taça de Portugal e uma supertaça. Os principais clubes nacionais são o Clube de Carnaxide Cultura e Desportos, o Núcleo de Corfebol de Benfica, o Clube de Corfebol de Oeiras, a Escola de Carcavelos e o Grupo Desportivo dos Bons Dias. Portugal, nos últimos anos, tem conseguido ficar entre o quarto e o sexto lugar a nível do ranking mundial, num universo constituído por 70 equipas profissionais.

 

 

Cátia Portela

 

 

 

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