A apresentação da candidatura de Marcelo Rodrigues à Camara de Chaves, e de Lúcia Cunha, como cabeça de lista à Assembleia Municipal, pelo Bloco de Esquerda, constou com a presença de Isabel Lopes, com raízes flavienses e deputada à Assembleia da República.
Na tarde de domingo, dia 9 de julho, decorreu a apresentação de candidatos do Bloco de Esquerda às autárquicas de 2017, nomeadamente à Câmara de Chaves e à Assembleia Municipal.
Marcelo Rodrigues, natural de Bustelo, é o candidato à Câmara de Chaves, e na sua intervenção salientou que “é um dia histórico em Chaves, que pela primeira vez o Bloco de Esquerda anuncia uma candidatura autárquica em Chaves”, embora a intervenção cívica e política já venha “a ser feita há algum tempo”. Marcelo Rodrigues salientou a tomada de posição do Bloco de Esquerda, sobre “a falta de emprego no concelho, a desertificação e êxodo rural, a poluição no Rio Tâmega e a perda de valências do Hospital de Chaves”.
Durante a apresentação, o candidato salientou que tem por objetivos ser a voz dos “cidadãos que se revêm no projeto do Bloco de Esquerda, em prol do desenvolvimento do concelho, constituindo-se como uma alternativa credível ao atual modelo autárquico.”
Lúcia Cunha será a cabeça de Lista da Assembleia Municipal de Chaves, como independente, uma decisão que assumiu como cidadã “descontente com o que se tem passado no concelho”, pois “já estou farta, e todos nós estamos fartos, dos atuais modelos de governação. A responsabilidade é de quem governa e da oposição. De repente, somos inundados com discursos da mudança, de acordar… e só agora acordaram para a mudança. Onde estiveram neste tempo todo?”, questionou Lúcia Cunha. “Como cidadã, queremos uma alternativa, que preserve a nossa memória e a nossa história, assente na nossa cultura e nas nossas raízes”.
A apresentação dos candidatos do Bloco de Esquerda, no concelho de Chaves, contou com a presença da deputada na Assembleia da República, Isabel Pires, que começou por uma nota pessoal, realçando que “a minha família é de Chaves, de Calvão”, e que tem acompanhado a formação do Núcleo de Chaves do Bloco. Na sua intervenção, ainda que sejam questões nacionais, dizem respeito aos concelhos, salientou a desertificação do interior, que passa por “uma política de encerramento de serviços públicos e perda de valências, deixando as pessoas do interior sem as mesmas condições que as outras regiões do país”.
No atual debate sobre as florestas a nível nacional, Isabel Pires referiu que “as autarquias podem dar o seu contributo, pelo que é desejável o empenho das autarquias”.
Paulo Chaves