Diário Atual

Na apresentação pública da candidatura do CDS-PP à Camara de Chaves, Teresa Campos anunciou um conjunto de medidas e propostas, destacando que “mais importante que as obras grandes, são as grandes obras que servem o maior número de flavienses”.

Cecília Meireles, Teresa Campos e Gonçalo Alves

No sábado, dia 8 de julho, na Sala Multiusos do Centro Cultural de Chaves, o CDS-PP fez a apresentação pública da candidatura de Teresa Campos à Câmara de Chaves, e de Gonçalo Alves à Assembleia Municipal de Chaves, contando com a presença da deputada e vice-presidente do CDS-PP, Cecília Meireles.

Maria Teresa Campo, na sua intervenção, começou por dizer que “pelos Flavienses, é a principal razão pela qual me candidato”, traçando algumas medidas concretas subjacentes à sua candidatura.

Iniciando pela “Coesão Social, a candidata salientou que “Chaves é um concelho com cerca de 40.000 habitantes que não podem ser tratados nos limites da indiferença”, nesse sentido “pretendemos renovar a antiga Cantina Escolar de forma a poder entregar, ou confecionar, refeições para a população mais carenciada, criando ao mesmo tempo o programa de Desperdício Zero” e “criar um Conselho Coordenador de Ação Social, de forma a dirigir as várias competências existentes e clarificar o procedimento de atribuição de apoios financeiros e celebrações de comodatos a IPSS’s do Concelho, por concurso público”.

Ao nível do ensino superior, “pretendemos criar um Instituto Superior com cursos nas áreas de Gestão, Saúde e Engenharia (energias alternativas, por exemplo). Ambicionamos trazer investigação para o nosso concelho”.
Sobre Urbanismo e Património, “Chaves é uma região rica, com imenso património, sobretudo histórico! Não é aceitável que um património tão vasto e tão importante seja tratado da forma desleixada que todos vemos.
Temos um centro histórico envelhecido e degradado. Nota-se, de facto, alguma reabilitação, resultado das

Teresa Campos, candidata do CDS à Câmara de Chaves

políticas fiscais que incidem sobre os imóveis aí situados e, sobretudo, do meritório esforço de investimento privado por parte dos proprietários.

E como o investimento tem que ter contrapartidas, propomos a criação de um programa municipal de arrendamento, com o qual se pretende ajudar os proprietários dos edifícios reabilitados a rentabilizá-los”.

Sobre obras a serem implementadas, Teresa Campos referiu que “desde que se tornou pública a minha candidatura, tem-me sido perguntado quais serão as minhas grandes obras. Quero dar-vos a resposta. As minhas grandes obras serão aquelas que irão servir um grande número de pessoas. Dou um exemplo: uma grande obra será, para mim, resolver o nó rodoviário à saída das urgências do hospital. É uma grande obra, de pequeno tamanho.” Entre outras, salientou que “as obras que pretendemos fazer serão: uma rede viária requalificada;um pavilhão desportivo polivalente e moderno; uma piscina municipal coberta que nos permita receber competições profissionais; uma plataforma de transportes coletivos, e um mercado municipal onde caibam todos, que seja apelativo, de forma a contribuir para o incremento da venda de produtos da região, ajudando, assim, o pequeno produtor e o desenvolvimento da agricultura local”.

A “Competitividade” é um objetivo a ser conquistado: “muitas vezes questiono-me porque é que Chaves, sendo um concelho termal, deixou de se promover nesses termos durante anos a fio? Pior do que a fraca promoção de destino termal que temos tido, é não estar incluído Vidago no pacote turístico! Dá a sensação que Chaves tem ciúmes da tradição do turismo termal de Vidago, sendo que ambos têm tradição ímpar! Connosco na presidência certamente que a gestão turística não será feita desta forma”.

Gonçalo Alves, cabeça de Lista da Assembleia Municipal de Chaves

Para Teresa Campos, “há muito a fazer na área do turismo”, dado que “ há falta de especialização do pessoal que trabalha no atendimento de diversos equipamentos turísticos municipais: é urgente dar formação a quem lá trabalha. Há que limpar as fachadas dos monumentos e respetiva envolvente, por exemplo, as do Forte de São Neutel: Falta colocar placas de informação, painéis interativos (um para a cidade toda, e colocado junto do Posto de Turismo parece-me um pouco contraproducente porque ninguém entra!)”.

Entre outras medidas, a candidata do CDS salientou a promoção “de um concelho verde e com desperdício zero”, que passa por “promover a troca de lâmpadas, pilhas e electrodomésticos por títulos de transporte, fomentando a reciclagem e a utilização dos transportes públicos; reforçar a rede de ecopontos em todas as freguesias, colocando-os nas proximidades às habitações; e desenvolver a despoluição das linhas de água, ligando todos os efluentes às redes de saneamento.

Do pondo de vista económico, Teresa Campos salientou que “queremos um concelho forte em termos agrícola: Chaves era, e ainda é, mas em menor escala, um dos melhores produtores de batata do país. A nossa batata era uma referência de qualidade e agora temos campos semeados de milho espanhol… se for da Eurocidade menos mal, mas se for só nosso é bem melhor”.

Para os mais jovens, pretende “criar um gabinete de apoio ao jovem empresário e, proporcionar-lhe um lugar onde possa desenvolver o seu negócio, partilhando um espaço, com rendas baixas, e com outras empresas conjugando, assim, as valências e a interajuda empresarial, a baixo custo.”

A terminar a sua intervenção, Teresa Campos salientou como objetivo importante da sua candidatura “atrair investimento. Chaves é um local de excelência empresarial; pela localização, pelos acessos e porque é, naturalmente, a segunda fronteira do país, encontrando-se no alinhamento entre o norte da Europa e a costa marítima – o Porto de Leixões fica a 1:30h. Não foi por acaso que há 2.000 anos o imperador romano Tito Flávio Vespasiano aqui fundou o município de Chaves. Se fosse vivo, por ter bom gosto, seria de certeza do CDS”, concluiu.

Paulo Chaves

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