Diário Atual

Escritores portugueses e galegos vão voltar a partilhar as suas experiências no domínio da literatura, no II Encontro Luso-Galaico de Escritores, promovido pelo projeto Ponte Escrita, que decorre na cidade de Chaves entre os dias 26 e 30 de abril.

Depois do sucesso da edição anterior, os escribas regressam a Chaves para voltar a promover a leitura e a escrita. Durante os quatro dias do evento, mais de 15 escritores nacionais e da Galiza irão conhecer a cidade e vão estar também nas escolas, nas bibliotecas, no estabelecimento prisional e na Universidade Sénior a partilhar todo o seu conhecimento assim como algumas das suas experiências literárias.
O II Encontro Luso-Galaico de Escritores foi apresentado na segunda-feira, dia 27, em conferência de imprensa, no salão nobre da Câmara de Chaves, onde o autarca aproveitou para felicitar a organização pelo sucesso da edição anterior e para defender a continuidade do projeto.

“Desejo que, independentemente dos sucessivos executivos municipais que Chaves irá ter, este encontro venha a festejar 25 ou 50 anos. Chaves não tinha nenhuma iniciativa desta natureza e percebe-se que faz falta”, frisou o presidente da câmara municipal, acrescentando que “com o tempo a Feira do Livro poderá vir a ganhar mais expressão assim como o evento poderá ser aprimorado”.
No ano passado, o Encontro Luso-Galaico de Escritores abrangeu, num só dia, mais de 1100 alunos das escolas flavienses, um número que a organização espera vir a aumentar uma vez que a edição de 2017 irá também visitar as escolas de Verín, no âmbito da Eurocidade Chaves-Verín.

Ao nível das escolas, Sílvia Alves, uma das autoras do projeto Ponte Escrita, avançou também que estão a “tentar desenvolver um prémio literário para jovens, com o apoio das bibliotecas escolares, onde cada participante irá eleger um ponto da cidade para escrever sobre ele”. O conto que for premiado poderá integrar o livro final.
Para além disso, haverá o encontro dos escritores com a população. Neste ponto, Altino Rio sublinhou que ainda há muito por fazer.
“Há muito espaço para podermos avançar nesta área. A população tem de estar sensibilizada, tem de conhecer o evento e saber que pode participar nele, portanto nós iremos reforçar essa relação”, disse.
Os flavienses poderão assim acompanhar os escritores ao longo dos quatro dias, nomeadamente através das tertúlias que serão organizadas, das visitas guiadas pela cidade, dos workshops, das leituras e da Feira do Livro que irá estar presente no Café Sport.

Sílvia Alves aproveitou a conferência de imprensa para adiantar alguns dos nomes dos escritores que vão estar presentes na cidade: António Mota, Ana Cristina Silva, Margarida Fonseca Santos, Possidónio Cachapa, André Gago, Fernando Pinto do Amaral, Ernesto Areias, Leão Machado, Rui Sousa, Inês Botelho, Filipe Lopes, Fernando Alonso, Fausta Pereira Cardoso e Rosália Fernandes Leal.
O jornalista João Morales será igualmente responsável pelas “Leituras Endiabradas”, na Biblioteca Municipal, no dia 27, a escritora Maria de Lourdes Soares estará também presente com o seu livro “O País das Chaves e outros Países Imaginados”, no dia 28, bem como a jornalista do Público Rita Pimenta.
Paralelamente, vai decorrer uma residência artística do ilustrador Richard Câmara, entre os dias 24 e 30 de abril, e a exposição do Diário Gráfico “Ponte Escrita” do mesmo autor. De referir que Richard Câmara andará igualmente pelas ruas da cidade com uma sessão livre de desenho.

O ilustrador “irá continuar o trabalho que iniciou no ano passado com os alunos” mas toda a população é também convidada a participar.
Em forma de conclusão, Altino Rio referiu que esta edição tem tudo para melhorar e que apesar da interioridade “estarão cá pessoas de grande nível”.
No último dia do evento, dia 30, será realizada uma visita ao Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso.
No final do evento, e à semelhança do ano anterior, cada escritor será responsável pela criação de um conto que será mais tarde publicado num livro sobre a cidade flaviense.
O projeto Ponte Escrita foi um dos vencedores do Orçamento Participativo de Chaves em 2015, no âmbito cultural, e que tem como objetivo incentivar a leitura e a escrita, bem como divulgar a cidade nos seus diferentes aspetos patrimoniais e culturais. A iniciativa conta com um investimento de 15 mil euros.
O programa e outras informações sobre o II Encontro Luso-Galaico de Escritores podem ser encontrados na página de facebook da Ponte Escrita ou via email [email protected].

Cátia Portela

Share.

Deixe Comentário