Diário Atual

Realizou-se no passado dia 3 mais uma edição do Passeio Sénior, a 4ª sob alçada do atual executivo. Hugo Silva, presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, em entrevista ao jornal A Voz de Chaves, fez um balanço muito positivo da iniciativa e aproveitou para fazer uma antevisão do próximo grande evento realizado pela Junta: o Festival Infantil da Canção.

Jornal A Voz de Chaves: No passado sábado, dia 3, realizou-se mais uma edição do Passeio Sénior. Qual o balanço?
Hugo Silva: Foi o quarto ano que realizámos este tipo de convívio com pessoas da nossa freguesia, população sobretudo sénior. Correu muito bem. Foi o ano que levámos mais pessoas, não derivado ao valor da inscrição, mas sim à satisfação das pessoas nos últimos anos que levaram a que houvesse uma maior procura de sempre para uma atividade deste género. O melhor feedback que nós conseguimos ter, sem dúvida alguma, da satisfação das pessoas, ou se a atividade correu bem em termos de balanço é falar com elas, e ouvir as sugestões, as críticas e elas próprias fazerem o balanço. Foi isso que fizemos ao longo de toda a viagem, ao longo de todo o convívio, foi tentar entender o grau de satisfação, se estavam agradadas pelos locais que foram visitar, se estavam agradadas com o tipo de alimentação, o tipo de animação, e, em termos globais, sem duvida alguma que podemos concluir que foi um dos melhores, senão o melhor Passeio de sempre. Ouvindo, é como eu digo, novamente, o grau de satisfação das próprias pessoas. Ficamos muito satisfeitos com isso, com uma realidade cada vez maior de que em todas as atividades que temos vindo a desenvolver para este tipo de faixas etárias cada vez se torna mais difícil encontrar espaços onde consigamos colocar tanta gente. Aconteceu no Natal no Convívio de Natal que, como soubemos, o pavilhão Expoflávia lotou completamente e houve pessoas que não conseguiram obter entrada no próprio espaço porque este não tinha capacidade. E aqui aconteceu a mesma coisa. As quatro freguesias transportaram 22 autocarros, no nosso caso foram 15, e a Quinta estava completamente lotada numa capacidade máxima de 1250 pessoas. Foi uma atividade muito bonita. As pessoas tiveram a oportunidade, não só de conhecer novos espaços, mas também de experimentar gastronomias diferentes da nossa, típicas de cada região. Na Póvoa de Varzim as pessoas puderam provar uns docinhos típicos que foram disponibilizados pela Câmara Municipal da Póvoa de Varzim. E depois na própria Quinta onde tivemos uns rojões à minhota, pratos e sobremesas típicas também da região. As pessoas puderam deliciar-se com uma gastronomia que não é típica delas. E depois também com um tipo de animação, não só o próprio convívio musical, mas também o convívio são entre aquelas pessoas que provavelmente se veem uma ou duas vezes por ano. Ou seja, em termos mais globais, estamos muito satisfeitos com a iniciativa. É uma iniciativa obviamente para continuar e que tentarmos continuar a manter o nível e a qualidade que temos habituado as pessoas, e é por essa razão essencialmente que elas procuram este tipo de iniciativas e nos lotam completamente estas iniciativas.

Que outras atividades direcionadas à população sénior a Junta de Freguesia de Santa Maria Maior tem vindo a desenvolver?
Nós ao longo do ano temos realizado inúmeras atividades de acompanhamento da população sénior. No que respeita a atividades físicas, temos os centros de convívio. São quatro centros de convívio onde diariamente temos iniciativas, temos atividades, não só diárias, mas também em dias específicos, como o São Martinho, a Páscoa, sempre com atividades adaptadas às datas específicas em questão. Os quatro centros de convívio têm estado no limite. Os espaços físicos que temos também não conseguem comportar mais pessoas. E este fenómeno aconteceu nos últimos quatro anos também dada a qualidade de atividades que se têm desenvolvido lá, e devido também ao grau de afetividade que nós temos criado com as próprias pessoas. É de forma a que as pessoas sintam que estão num espaço em segurança, num espaço onde podem elas próprias ter um conjunto de atividades apelativas e que lhes permita sair de casa e conviver com outras pessoas num ambiente muito confortável e de grande amizade. Em termos de atividades específicas, tivemos o Convívio Sénior, teremos no final do ano, em dezembro, o Convívio de Natal, novamente, que será um grande evento para toda a população sénior e que esperamos ainda trazer novas surpresas, e, principalmente, a mesma qualidade a que temos habituado, não só em termos de animação cultural, mas também de gastronomia de forma a que as pessoas possam conviver nesse dia, em vésperas de Natal, de uma forma completamente diferente. Ao longo do tempo, para além das atividades específicas, culturais e de animação, nós temos as nossas equipas de terreno, ou seja, as equipas de limpeza urbana que continuam a percorrer a freguesia de lés-a-lés. Neste momento estão já divididas em três equipas. Temos uma equipa com a viatura de limpeza que permite um grau de proximidade com as pessoas, não só fazendo as limpezas em partes comerciais, mas também em zonas onde nunca tinha sido feito, e assim permitir também o contacto direto com a população sénior, de forma a, no terreno, entendermos o grau de necessidades que elas têm no seu dia a dia, no seu próprio espaço de conforto. Mais do que as pessoas se dirigirem à Junta para colocar um problema, coisa que acontece todos os dias, temos equipas no terreno que também fazem esse levantamento, fazem chegar aqui à Junta a nós, e nós fazemos por resolver essas questões. Temos também a equipa de limpeza de corte de relva, etc., que também tem feito esse grau de aproximação, e temos as equipas também de limpeza urbana pedonal que são pessoas que se deslocam ao centro histórico também e que fazem a recolha do lixo em papeleiras e pequenos incidentes que podem existir, e é uma pessoa que está no terreno fisicamente a poder-nos reportar todos os dias e que tem esse grau de contacto com as pessoas com mais idade de forma a entender o dia a dia delas, as dificuldades, as necessidades. E nós, como sempre, e desde o início ao longo destes quatro anos, não estamos aqui para inventar nada, mas sim para ouvir as pessoas e responder às necessidades. Daí que eu penso também que o êxito de todas essas iniciativas, mais do que tudo e mais do que a qualidade e do que as pessoas estão a desenvolver, também se prende pelo facto de sabermos ouvir, ouvir as pessoas e em vez de estarmos a inventar conseguir responder, efetivamente, às necessidades das mesmas.

Falou em sítios que nunca tinham sido limpos e que estão a ser agora intervencionados. Isso partiu de queixas de pessoas?
Através do mapeamento das zonas, e não é de agora, já é de ao longo destes anos, tivemos a necessidade e a preocupação de ir ao terreno e ver a realidade. Porque muitas das vezes chegam-nos queixas e muitas vezes nós próprios não temos a noção. Por exemplo, um bairro específico tem muitas artérias. Um bairro não é só aquela zona central onde tem o maior aglomerado de pessoas. Existem pequenas artérias onde é necessário nos deslocarmos. É necessário que estas equipas andem no terreno para entendermos as reais necessidades, porque se estivermos a falar apenas do centro da cidade é algo muito específico. E a nossa freguesia é muito mais complexa do que isso, porque tem uma grande parte urbana, mas também tem muita parte rural, por incrível que pareça.

Hugo Silva, presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior

Essas equipas vão continuar na rua até quando?
As equipas estão já há mais de um ano e estão para continuar. Esperamos que no futuro, com a transmissão de competência, se possam efetivar e reforçar de forma a que cada pessoa que vive no seu bairro tenha orgulho como nós temos de viver, de ter um bairro limpo, de ter um bairro seguro, e com as condições que as pessoas também anseiam e desejam.

A Junta de Freguesia de Santa Maria Maior rege-se, por assim dizer, pelo lema “As pessoas estão sempre primeiro”. Para além do já mencionado, que outras atividades a Junta tem desenvolvido para ajudar as pessoas e também em quais tem estado envolvida?
Nós temos um mapeamento, como disse. Estamos divididos entre trabalho no terreno e um plano cultural de atividades. As equipas, como já expliquei, específicas de terreno ajudam-nos a entender as necessidades físicas, ou seja, tudo o que é limpezas, tudo o que é pequenos trabalhos que são necessários e reparações do dia a dia. Isso tem funcionado muito bem. Em termos culturais, nós temos um mapeamento cultural, coisa que nunca aconteceu na freguesia, com inúmeras atividades que se têm vindo a cimentar ao longo do tempo. O Dia da Mulher, que é uma ação simbólica. Temos na Páscoa as participações nos centros de convívio. Temos o Passeio Sénior que foi realizado esta semana e teve muito sucesso. Temos o Festival Infantil da Canção, que irá decorrer no dia 17 de junho e que será o maior de sempre em termos de participantes e, de certeza, em termos de adesão. É dar continuidade a uma atividade que é muito boa e onde nós tentamos dar um ar da nossa graça e respondendo também às necessidades das próprias escolas, da própria comunidade de forma a torná-lo cada vez maior. Em julho temos duas atividades direcionadas às crianças. No ano passado já tivemos uma que foi junto ao parque infantil das Caldas, um conjunto de bonecos caraterísticos e uma tarde/noite de animação, com pinturas faciais, modelagem de balões, com muita animação. Este ano vamos juntar também um dia diferente. Nos dias 15 e 16 de julho teremos o programa Aventura em Santa Maria Maior onde teremos rapel, slide, paintball para interação de atividades em família. Sem dúvida alguma esperamos que esta também seja uma atividade para lhe dar continuidade nos próximos anos. Não temos a menor dúvida que será uma atividade de sucesso e esperamos que as pessoas possam participar em família. Em agosto temos o Pet Fashion, que já vai para a sua quarta edição e com o sucesso que está à vista de todos. Todos os anos temos cada vez mais participantes, temos cada vez mais pessoas a assistir nesse grande evento que é uma atividade única de poder tirar o animal de estimação de casa e poder participar neste tipo de atividades. Temos o São Martinho e temos depois, por fim, o Convívio de Natal que é uma atividade também direcionada à população sénior, e que acho que é o culminar de um conjunto de atividades direcionadas para todo o tipo de faixas etárias.

Todas estas atividades partiram de ideias que a população foi dando…
Exatamente. Havia atividades que nos antecedem, como é o caso do Passeio Sénior, mas foi completamente alterado do modelo que existia, não tem nada a ver. O Festival Infantil da Canção sim, deu-se uma continuidade, onde tentámos remodelar e retificar o que achámos que necessitava. O resto são tudo atividades novas deste executivo que implementámos e que iremos ao longo do tempo, para o ano, se Deus quiser, continuar a fazer as que tiveram qualidade desejável e melhorá-las sempre, porque nós temos uma capacidade crítica muito grande e toda a atividade, mesmo que corra bem, tem sempre um pormenor que correu mal. E nós, todos os anos tentamos retificar de forma a que leve à satisfação global das pessoas.

No dia 17 deste mês realiza-se a 16ª edição do Festival Infantil da Canção. O que podemos esperar?
Vamos ter uma praça completamente remodelada, automaticamente vamos ter este ano maior capacidade em termos de pessoas. Em termos de escolas, é o ano que teremos mais escolar a participar. É o ano que teremos mais jovens alunos a subir a um palco. Estamos a falas de mais de 600 crianças. E depois estará recheado de grandes músicas, grandes interpretações, de grandes coreografias. As escolas nestes últimos anos têm melhorado imenso. Uma coisa que antigamente não acontecia é que eles levam cinco a seis meses a preparar o Festival, e, sem dúvida alguma, a dar-nos a nós uma noite completamente diferente, uma noite de muita qualidade e onde pais, tios, avós, e simplesmente pessoas que queiram ir assistir a um evento que tem um tipo de modelo que dificilmente podemos ver a nível nacional. Sem dúvida alguma que é o maior do distrito e o maior do Norte, e possivelmente em termos nacionais não se encontra um evento do género que leve tanta gente a assistir e tantos participantes de tanta qualidade.

Quantas pessoas fazem parte da organização deste evento?
Isso é difícil dizer porque nós em termos de Junta, e não é só, como se sabe, o executivo que colabora, temos sempre muitas pessoas de fora a colaborar. Porque num evento que envolve crianças a situação de risco é muito grande e nós acautelamos sempre da melhor forma possível de forma a que as crianças estejam em segurança, os pais estejam descansados, e que não haja nenhum incidente de maior. É difícil. Serão sempre mais de 50 pessoas que estarão nessa logística.

Espera-se que esteja bom tempo.
Esperamos efetivamente que esteja bom tempo. Pelo menos que não chova e que a noite esteja agradável para as pessoas poderem desfrutar deste evento magnífico.

Maura Teixeira

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