Diário Atual

Nos três meses de Verão, cerca de 500 pessoas visitaram o Ecomuseu de Pitões, no concelho de Montalegre. Para António Cascais, o balanço é “positivo”, num ano em que foi notável “um aumento de visitas nacionais” a um espaço dedicado “à memória” e que procura “manter a autenticidade da aldeia”.

Durante o Verão, o aumento de visitas ao pólo de Pitões do Ecomuseu de Barroso foi evidente. António Cascais, membro da organização, confirmou que “o balanço é muito positivo” e que a adesão se fez sentir “em especial por visitas nacionais”. Neste sentido, “houve a opção de visitar lugares que ainda não conheciam dentro do próprio país”, concluiu. Com abertura ao público apenas aos fins-de-semana, o número de presenças alcançou o auge no mês de Agosto com 265 forasteiros. Seguiu-se Julho com 152 e Junho com 69.

O bucolismo de Pitões das Júnias acolhe um dos quatro pólos do Ecomuseu de Barroso. A porta que abre o espaço apresenta um título, só por si, sugestivo: “Corte do Boi”, ponto central de duas outras infra-estruturas: o forno do povo e o moinho. Estas foram, desde a criação deste museu vivo, de “pertinente interesse de inclusão no Ecomuseu” por “fazerem parte do quotidiano”, considerou António Cascais. No presente, “o forno comunitário é usado pontualmente pela padaria e o moinho quando há eventos locais”, nota este barrosão, também ligado a outras colectividades de fomento da cultura barrosã.

Tendo em mente conversas com visitantes migrantes, António Cascais referiu ainda que “aqueles que nos visitam trazem sempre consigo a nostalgia daquilo que viveram antes de partir”. Este espaço “é um local onde podem recordar tempos vividos, através das fotografias expostas, dos materiais, do tear, da fiação da roca, do fuso”, sem esquecer “a parte agrícola, o carro de bois…”, acrescentou. Desta forma, concluiu, “as pessoas têm várias recordações de aspectos que tendem a desaparecer” e este museu “serve um pouco para manter essas matérias em forma de memória”.

Além disso, a partilha que existe entre o Ecomuseu e as pessoas da aldeia é um factor “muito importante”, sublinhou António Cascais, lembrando que “muitos dos materiais que aqui se encontram foram cedência das pessoas da aldeia”. No local estão disponíveis para venda “chás, doces e materiais de artesanato, como gorros e meias”, elaborados pela população local. Nota-se que “as pessoas estão disponíveis a essa participação e principalmente que gostam de o fazer”, testemunhou o responsável.

Redacção

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