Diário Atual

“Doe e aqueça mais focinhos nesse inverno” é o slogan da Campanha do Agasalho promovida pela Associação dos Amigos dos Animais de Chaves. A ação pretende recolher mantas e cobertores para aquecer os patudos nos dias mais frios.

“As pessoas que tenham lá em casa mantas, cobertores e tapetes que já não usem, ou que estejam a mais lá em casa, podem entregá-los no canil ou a alguma voluntária da associação”, disse a presidente da Associação dos Amigos dos Animais de Chaves (AAAC), Milena Melo.

O objetivo é aquecer e proteger das temperaturas gélidas que se fazem sentir na região nesta altura do ano os cerca de 140 animais que vivem no canil de Chaves.
A responsável admitiu que “o ideal seria ter uma [manta]por cada animal”, embora o número de patudos no canil vá variando de dia para dia.
Com a chegada da época natalícia, Milena Melo lembra que é preciso consciencializar as pessoas de que “os animais não são brinquedos, crescem, precisam de carinho e atenção” e que por isso, antes de pensarem oferecer um animal de presente neste Natal, devem ter consciência de que um animal de estimação é para toda a vida.

“Adotem, adotem com consciência, e lembrem-se que um animal de estimação é um ser vivo para toda a vida” e que não pode haver “a desculpa da separação, de doenças, da falta de espaço porque, tal como um filho, as pessoas devem arranjar alternativas e estratégias para lidar com essas situações”, referiu.
Entretanto, está a decorrer a feira de livros usados na loja “Grão a Grão”, localizada na Avenida da Raposeira, cujas verbas angariadas revertem a favor da AAAC. Neste contexto, todas as pessoas que queiram contribuir podem deixar os seus livros usados na loja flaviense para posterior venda dos mesmos. A iniciativa decorre até este sábado, dia 25. O dinheiro angariado será para comprar comida para os amiguinhos de quatro patas que vivem na associação e para pagar as despesas no veterinário.
“Colaborem com a associação, não abandonem os animais, e quem quiser ser voluntária da associação estamos de portas abertas”, apelou a presidente da AAAC.

Na associação flaviense trabalham entre seis a sete voluntárias.
Recorda-se que o canil ganhou o Orçamento Participativo em 2016 com 1043 votos.
Depois disso, e de acordo com Milena Melo, o processo para a construção da infraestrutura foi iniciado, nomeadamente a concretização do projeto de arquitetura geral e mais tarde a elaboração de um outro projeto com as “especificidades” necessárias para o acolhimento de cães e gatos abandonados. Este último foi entregue há cerca de 15 dias para aprovação final por parte das entidades competentes.

“De facto atrasou um bocado, devido a questões burocráticas. Feito isto, agora é aguardar que vá a concurso público e esperemos que haja empresas interessadas em fazer a obra”, destacou a dirigente, salientando a importância da nova casa de acolhimento para a cidade e, sobretudo, para os animais que vivem na rua.
A verba disponibilizada é de 190 mil euros e o novo espaço irá localizar-se na freguesia de Bustelo.
No total, o novo canil/gatil irá albergar os animais que estão no canil atual e irá ainda permitir acolher gatos de rua, que neste momento são recebidos nas casas de Famílias de Acolhimento Temporário (FAT).
“Estas famílias são tão importantes com um gatil e não tendo um gatil são a nossa salvação”, sublinhou a responsável.

Para além das famílias de acolhimento, os bombeiros têm sido outra grande ajuda, especialmente na resolução de problemas relacionados com a “captura” de animais em situações de perigo, assim como a PSP e a GNR (SEPNA).

Cátia Portela

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