Emblema transmontano já é reconhecido como entidade formadora certificada. Estratégia do clube passa por mudar mentalidades nos adeptos. Ambição passa por estabilizar clube na Liga, e sonho é voltar ao Jamor e às competições europeias.
O Desportivo de Chaves recebeu na passada quarta-feira, em dia de aniversário, pois celebrou 68 anos de existência, o reconhecimento oficial como Entidade Formadora certificada pela Federação Portuguesa de Futebol, podendo já fazer contratos de formação.
Este é o final de um processo que durou mais de um ano, onde o clube flaviense se preparou, e remodelou, para poder cumprir todos os requisitos necessários.
“É a principal novidade deste aniversário do clube, onde conseguimos a desejada certificação”, congratulou-se Bruno Carvalho, presidente da direção do Desportivo de Chaves que tratou pessoalmente do processo.
O líder da direção do clube transmontano, acredita que este reconhecimento, enquanto ‘entidade formadora’, irá permitir ao Desportivo de Chaves “continuar a evoluir”.
“O clube irá investir em ações de formação para atletas, treinadores, encarregados de educação e restantes colaboradores. Será criado um gabinete de psicologia, para acompanhamento dos jovens atletas e uma pequena sala de estudo, com o objetivo de promover o sucesso escolar”, realçou.
“Clube da terra em primeiro”
Durante a pré-temporada o Desportivo de Chaves ultrapassou a barreira dos 5 mil associados, número que satisfaz o presidente do clube, Bruno Carvalho, mas que quer ver a crescer mudando as mentalidades na região para que o emblema transmontano esteja em primeiro lugar nas preferências dos adeptos.
“O clube pretende fidelizar os seus sócios e angariar mais ainda. Gostaríamos de desprender os nossos sócios das simpatias pelos clubes considerados ‘grandes’, incentivando-os a incutir esse espírito nos mais jovens. Sabemos que as mentalidades demoram a mudar, mas mudam. Que o clube da terra, da região, esteja sempre primeiro”, atirou.
Com a Europa na mente
Bruno Carvalho coloca como ambição, no horizonte, o regresso do clube às competições da UEFA, como aconteceu em 1987, mas também ao Jamor, ou seja, à final da Taça de Portugal, depois de na época passada terem ficado pelas meias finais e perto de repetir única presença na final, em 2010.
“Enquanto entidade formadora certificada, tudo será feito no sentido de o clube continuar a permitir a aprendizagem de uma modalidade desportiva, promover hábitos de vida saudável e formar jogadores que cheguem aos escalões profissionais, sem esquecerem a importância do sucesso escolar, pensando no seu futuro”, assegurou ainda.
Infraestruturas em crescimento
Atualmente Bruno Carvalho admite que o parque desportivo da equipa flaviense é curto para as necessidades do clube, quer para a equipa profissional, quer para os escalões de formação. Em construção estão já dois campos relvados com as medidas oficiais, junto ao Municipal, que servirá a equipa principal, para treinos, e a formação, para treinos e jogos oficiais.
“Melhorar o parque desportivo à disposição do clube é fundamental. A melhoria das infraestruturas irá contribuir para a qualidade da formação e da preparação dos atletas. A intenção é, também, criar um centro de estágio para evitar a deslocação da equipa sénior para Vila Pouca”, lembrou o presidente do clube.
Diogo Caldas
