Esta semana a nossa crónica vai ser mais reduzida, porque o tempo não é muito, e enquanto o tempo for de borla, temos que aproveitar.
Como seres humanos que somos, portugueses atentos aos movimentos que os políticos fazem, achamos que não fica nada mal deixarmos aqui uma humilde opinião sobre as últimas eleições. Afinal qualquer bicho careto emite a sua opinião, e nós não somos nem mais nem menos que os outros. Não somos iguais, mas não somos nem nunca nos sentimos inferiores a ninguém, somos como somos e é o que há.

Antes de tudo quero pedir ao meu público desculpa pelo facto de na semana passada não ter saído a crónica habitual do «Coisas &Loisas» mas às vezes torna-se difícil acudir a todas as frentes… Como questionou o meu filho mais novo, «que parte de: estar reformada, ainda não entendeste?» É uma questão de feitio, mas às vezes as tarefas acumulam-se e não dá. Foi o caso.

Preparados para mais uma crónica?
Esta semana quero dar-vos a conhecer uma longa-metragem que foi transmitida pela RTP no início de Maio, chama-se “A Rapariga da máquina de filmar”.
A primeira longa-metragem de André Vieira esteve a concurso no festival Caminhos do Cinema Português. O filme do jovem realizador é um “falso documentário” e nasceu na Academia RTP, projecto da estação pública de televisão que dá aos seus candidatos uma oportunidade de concretizarem ideias. André Vieira concorreu sozinho, mas a ele juntaram-se-lhe mais sete membros da Academia.

Os nossos políticos, de todos os partidos, fazem todos uma chicana. Críticas mordazes, eis o que todos fazem, o que todos criticam. Pobreza de ideias. Onde está a análise, à Europa, ao Parlamento, o que se faz para o bem ou mal das nações? Não, discute-se o acessório, e não o essencial. Será que quarenta anos de democracia não chegam para um amadurecimento político? Não, pelo que parece ainda estamos na menoridade das ideias, do comportamento, dos nossos políticos.

Era eu ainda miúdo quando ouvi falar pela primeira vez em altruísmo.
Lembro-me de escutar o reverendo a fazer o elogio a um senhor lá da terra, falecido recentemente, que, quando numa batalha qualquer foi ferido, não sei agora onde, e lhe foi oferecido um golinho de uma aguardente muito boa por parte de um camarada de armas, respondeu-lhe que nesse momento estava a rezar e que, por isso, o deixasse de fora da rodada e oferecesse a sua parte ao vizinho da maca ao lado, que estava bem mais necessitado do que ele.

Quando olhamos para o passado mais recente, deparamo-nos a refletir como foi possível chegar a uma situação que se tornou insustentável para muitos portugueses, para muitos europeus do sul. Antes porém, de apontar algumas soluções, é importante lembrar o delírio em que entraram alguns países da Europa do Sul, e lembrar algumas saídas para a crise financeira que coloca em perigo a própria existência da União Europeia.
Vamos então enunciar, por país, alguns dos factos que mais contribuíram para a gravidade da crise em que estamos metidos.

Os resultados das últimas eleições europeias, vieram a confirmar os meus maiores receios, não pela circunstância do Partido Socialista ter vencido (ainda que tangencialmente), mas porque demonstra bem o divórcio que existe entre eleitores e eleitos.