A abertura do novo ano letivo da Universidade Sénior de Chaves foi marcada pela comemoração dos 18 anos da escola, que contou com vários professores e alunos fundadores.
Foi com o toque do sino que o presidente do Rotary Clube de Chaves, Fernando Nogueira, deu início na sexta-feira passada, dia 27, à cerimónia de boas-vindas aos alunos que irão frequentar o décimo nono ano letivo na Universidade Sénior.
O dirigente lembrou o trabalho e o esforço desenvolvido por um grupo de flavienses que tinha como ambição criar um clube de rotários na cidade de Chaves, corria o ano de 1993. O projeto viria a ser concretizado em janeiro de 1994, com a ajuda dos rotários de Matosinhos.
Neste sentido, Fernando Nogueira fez questão de recordar Emílio Macedo, um dos fundadores da instituição, falecido recentemente, e pediu um minuto de silêncio em sua homenagem.
Cinco anos depois da criação do clube dos rotários, a cidade viu nascer a Universidade Sénior, um espaço que se tem tornado cada vez mais uma referência em Chaves e que completou este ano a maioridade.
Neste dia em que se assinalou o aniversário da Universidade Sénior, o diretor da instituição de ensino, Ernesto Areias, atribuiu a todos os alunos que acompanharam o crescimento da escola durante estes 18 anos um diploma de mérito.
“Se há pessoas que foram pilares desta casa, que foram construtores deste sonho foram vocês”, sublinhou o diretor no salão nobre da universidade.
Durante o seu discurso, o responsável lembrou os fundadores da Universidade Sénior e disse que era preciso “assumir que há uma crise nas universidades seniores”. Nos dias de hoje, assiste-se cada vez mais a um “retardar das reformas” o que na opinião de Ernesto Areias “veio gerar uma crise de alunos nas universidades seniores”. A universidade flaviense tem cerca de uma centena de alunos mas para o diretor da escola este número poderia ser ainda maior pois “faltam aqueles alunos que ainda não estão reformados” mas que já cumprem os requisitos para pertencer à universidade.
Ao longo destas quase duas décadas a Universidade Sénior de Chaves “organizou dúzias e dúzias de eventos”, tais como a festa da literatura, o simpósio sobre judaísmo, as conversas ao serão, entre outros.
“Foram tempos vividos com alegria e aqueles que aqui estiveram saíram sempre muito mais enriquecidos”, frisou Ernesto Areias, acrescentando que na universidade sénior “continua a haver uma espécie de lareira à antiga, onde as pessoas se juntam e continuam a manifestar a sua afetividade nesta que é seguramente a sua casa”.
Em jeito de conclusão, o responsável disse que gostaria que houvesse “a ousadia de candidatar esta terra [Chaves] a património da humanidade”, tendo em conta a história e o património da cidade.
A cerimónia de abertura do novo ano letivo e da comemoração do 18º aniversário da Universidade Sénior contou com a presença da vereadora Paula Chaves, do professor Carneiro Rodrigues, um dos professores fundadores da escola, do professor Cid Fernandez da Universidade de Vigo, que foi responsável pela palestra “Seniores Ativos: Bem para si e para a comunidade”, entre outras individualidades da cidade. A iniciativa terminou com a atuação da Cinquen(Tuna). À noite, alunos e professores juntaram-se para um jantar convívio que foi animado ao som da Orquestra Simpatia.
Cátia Portela