Diário Atual

O presidente da Câmara de Chaves, Nuno Vaz, anunciou na terça-feira, dia 15, a conclusão da obra do sistema intercetor localizado entre o parque empresarial e a estação elevatória de Outeiro Seco II, em Chaves. O autarca acredita que dentro de dois anos o rio Tâmega possa ter águas mais límpidas.

“É uma boa notícia para o rio Tâmega, para os ecossistemas do rio e uma boa notícia para os cidadãos de Outeiro Seco”. Foi com estas palavras que o presidente da Câmara de Chaves deu a boa nova à comunicação social que esteve presente junto ao sistema de drenagem de águas residuais.
A empreitada teve início em 2007 e teve como objetivo solucionar o problema das águas residuais provenientes de empresas que laboram no parque empresarial de Chaves, cujo tratamento estava a ser feito de forma “inadequada”, provocando uma maior contaminação das águas no rio Tâmega.
O procedimento inicial “estava baseado num sistema de tratamento de águas residuais urbanas”, disse o autarca flaviense. De acordo com o responsável, este sistema não tinha “capacidade” nem “dimensão” para tratar os efluentes provenientes das empresas. Como consequência “era frequente o rio sofrer danos ambientais resultantes dessa falta de tratamento”.
Com este novo sistema, os efluentes industriais são recolhidos num coletor e conduzidos até à estação elevatória que por sua vez transporta essas águas até à Estação de Tratamento de Águas Residuais do concelho.
O novo emissário teve um investimento de mais de 160 mil euros e prolonga-se numa extensão de 1,5 quilómetros.
Com o problema solucionado, o presidente da autarquia acredita que o rio Tâmega irá ganhar mais qualidade ambiental.
“Acreditamos que dentro de dois anos isso possa acontecer. Ao mesmo tempo, temos de continuar o esforço no tratamento de tudo que são efluentes e que são conduzidos para o rio Tâmega”, verificar a eficiência da rede de saneamento das localidades vizinhas, assim como é preciso encontrar uma solução que tem a ver com a utilização agrícola da veiga. “Existe aqui um conjunto de esforços e de responsabilidades múltiplas que temos que ajudar a enquadrar e concretizar para que efetivamente a curto prazo possamos ter um rio Tâmega com uma água com maior qualidade”, afirmou o dirigente.
No futuro, Nuno Vaz prevê que as águas do rio possam ter fins balneares. Para que isso aconteça, adianta, é necessário “trabalhar ao nível do concelho de Chaves e também trabalhar em articulação com os concelhos vizinhos da Galiza, Oímbra e Verín”.
Outro dos objetivos, lembrou o presidente da Câmara de Chaves, é evitar que o município seja alvo de coimas por não tratar os efluentes, como aconteceu no ano passado em que a Câmara teve de pagar mais de 12 mil euros à Agência Portuguesa do Ambiente.
A obra integrou a operação “Sistema de águas residuais (SAR) de Chaves – Ligações entre os sistemas em alta e os sistemas em baixa – Emissários do Parque Empresarial e Sistema Elevatório de Curalha” – que faz parte de um conjunto de operações/candidaturas que o Município de Chaves viu já aprovadas, no âmbito do “Portugal 2020”, sendo cofinanciadas pelo Fundo de Coesão. Esta empreitada é uma das candidaturas aprovadas ao POSEUR (Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos).

Cátia Portela

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