A empresa portuguesa Luso Recursos pediu uma licença para ficar com a concessão de exploração de lítio em “Sepeda”, numa área de 825,4 hectares, localizada nas freguesias de Morgade e Sarraquinhos, concelho de Montalegre. A Direção-Geral de Energia e Geologia dá um prazo de 30 dias, para a apresentação de reclamações.

A exploração de lítio em “Sepeda”, promove “um conjunto de oportunidades para o desenvolvimento da região, com a oferta de emprego, e também para a economia do país”, referiu Orlando Alves, presidente da Câmara de Montalegre.
Reconhecendo que o peso da autarquia na condução deste processo é relativamente diminuto, um dos pontos pelo qual é pugnado é para que seja possível “condicionar a licença de exploração, se a transformação se fizer na região”. Para o autarca, “não nos conformaremos nunca, e disso já fizemos nota, que daqui se extrariam quantidades inimagináveis de minério e, depois, o levem para outros pontos do planeta, para que depois o transformem em lítio. Se assim não for, será melhor que deixem aqui a areia e não mexam nas entranhas da nossa terra.” Pois, só com “a transformação a ser feita na região, se podem criar oportunidades da fixação de pessoas, contribuindo assim para o desenvolvimento do concelho”.
Com as recentes notícias vindas a público de que o concelho vizinho de Boticas poderá ter a maior reserva de lítio na Europa Ocidental, de acordo com a empresa mineira Savannah Resources, tal notícia a confirmar-se reforça a ideia de que a transformação, e mesmo a produção, “possa ser feita na região do Barroso”.
Na outra face da moeda estão os impactos negativos da exploração, nomeadamente, no que diz respeito à preservação do ambiente. Sendo este o momento de pessoas e instituições, sobretudo as ambientalistas, fazerem as suas reclamações, “hoje em dia”, refere Orlando Alves, “há a consciência que o verdadeiro desenvolvimento se faz com o respeito pelo ambiente, pelo que existirá um plano de proteção do ambiente de forma a minimizar os impactos negativos que a referida exploração possa ter. O tempo em que se desrespeitava a natureza já lá vai”, concluiu o autarca.

Paulo Chaves

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