Diário Atual

Depois de oito anos de impasse, eis que está desbloqueado o dossier que envolve a construção da estrada que liga Montalegre ao limite do concelho de Chaves. Esta semana foi assinado, no salão nobre da autarquia, o chamado “Auto de Consignação” que dá luz verde ao início das obras. Um investimento de três milhões de euros que promete estar concluído dentro de ano e meio.

Chegou ao fim a burocracia que impedia o início das obras de beneficiação da Estrada Municipal 508, que liga a vila de Montalegre aos limites do concelho, com passagem pelas localidades de Meixedo, Gralhas, Solveira, Vilar de Perdizes e Meixide. Um investimento que teimava em não avançar e que agora chega a bom porto. A notícia deixa aliviado Orlando Alves, presidente da Câmara de Montalegre: «É um momento de alívio e de regozijo. Estamos a falar de um projeto que nasceu há oito anos e que eu tenho vindo a tratar mais diretamente há 27 meses. Só agora teve o seu término, materializado na assinatura do “Auto de Consignação”. A partir de hoje a obra está entregue ao empreiteiro que tem um ano e meio para concluí-la».

O autarca sublinha que estamos perante «um projeto importantíssimo» por que «toda a região ansiava há muito tempo». Uma obra que irá melhorar as acessibilidades do concelho e que irá «colocar pressão do lado de Chaves», no sentido de terminar «com o troço mais desqualificante de Portugal», assume Orlando Alves. O líder do município lembra que Montalegre «merece e precisa de uma boa acessibilidade». Nessa ótica, o edil faz questão de recordar que «a cidade de Chaves é a grande beneficiada» com os eventos desenvolvidos no concelho.

Município de Montalegre suporta totalidade da obra

Os três milhões de euros que vão cobrir os custos da empreitada vão ser suportados na totalidade pelos cofres da autarquia. Um esforço significativo, esclarece Orlando Alves: «Estamos perante um investimento de 2,9 milhões de euros, inteiramente por conta do orçamento municipal. É muito dinheiro! Não conseguimos um único cêntimo de auxílio de qualquer entidade. Quisemos candidatar a obra aos fundos comunitários, mas todas as portas foram fechadas». Uma verba que irá dar outro impulso ao tecido económico da região, até porque vamos estar perante «uma estrada nova, desenvolvida no troço existente com alargamento da via e a construção de três pontes». Um trajeto, lamenta, que «não passa pela Ponte da Assureira dado que o município de Chaves não vai intervir». Orlando Alves compreende as razões do colega. Todavia, acredita que depois de estar completa a intervenção, «o autarca de Chaves vai querer pegar no assunto com a máxima urgência». Nessa altura, acrescenta, «a Câmara de Montalegre aparecerá para colocar a estrada no encaixe da “Ponte da Assureira”…por nós, a obra não pára!»

Interrogado se esta vitória é a mais saborosa do mandato e se representa um dos momentos mais felizes da atividade política, Orlando Alves apesar de reconhecer a importância deste feito, prefere alavancar a felicidade para outros horizontes: «Os meu mandato é feliz todos os dias… é feliz sempre que resolvo os problemas dos nossos munícipes… esta notícia representa um momento de alegria para mim, para o executivo municipal e para todos os barrosões, mas não é, seguramente, o que mais nos realiza ou deixa feliz».

Redação/CM Montalegre

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